segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A cadela (parte 3)



Durante algumas horas fui deixada sozinha, sem que ninguém do casal aparecesse ao pé de mim. Durante esse tempo nada mais pude fazer senão estar deitada no chão a olhar para ontem, a pensar na minha vida, e ir até às bacias de metal comer ou beber qualquer coisa quando tive essa vontade.
Não sabia o que me ia acontecer. Eu em casa havia dito ao Carlos que ia estar fora uns dias mas não lhe dissera quantos (também porque eu não o saberia dizer), por isso iria passar-se algum tempo até ele achar alguma coisa estranha. Tanto Brian como Tommy não pareciam ter intenções de me soltar e eu comecei a achar que eles queriam que eu ficasse ali com eles naquele papel de boneca insuflável, sendo usada, abusada e humilhada por qualquer um deles. O plug já me incomodava um bocado e a dor que eu ia sentindo nos braços e nas mãos não se comparava à que assolava os meus joelhos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A cadela (parte 2)


Durante o tempo que estive sozinha, a minha cabeça não parou de funcionar, tentando assimilar o que me havia acontecido durante aquele dia.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A cadela (parte 1)

Quando escrevi a minha autobiografia, há uns anos atrás, fui o mais honesta possível e mencionei tudo o que achei relevante que se soubesse sobre a minha vida, especialmente tendo em conta que a escrevi para o meu marido e que achava que ele devia saber tudo sobre a minha história.
Todavia, houve algumas coisas que não incluí lá – por vergonha, por querer falar nisso pessoalmente com ele… qualquer coisa assim. O fim-de-semana que aqui vou relatar é uma dessas coisas, dois dias que poderiam ter resultado num futuro bem diferente para mim…