segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Memórias da família Karabastos: Aleksandrya Karabastos

Depoimento recolhido no Hospital Geral de Atenas.

Data da recolha: 25 de Novembro de 2018
Nome: Aleksandrya Karabastos
Data de nascimento: 6 de Janeiro de 1956, Heráklion, Grécia
Filiação: Illias Koteas (1927-1976) e Apollonya Karabastos (1922-1990)

(…)

Acontecimento: “Viajava de Atenas para Malakasa para uma entrevista de emprego. Fora despedida alguns meses da empresa de financiamento onde trabalhava, e havia recebido uma proposta de trabalho para fazer o mesmo trabalho que estava habituada a fazer mas com uma remuneração bem maior. Saí de casa e parti rumo à morada que me havia sido dada no primeiro contacto telefónico feito.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Prova oral


Quando estamos semanas a fio enfiadas dentro de uma camisa-de-forças sem ver luz natural (nos primeiros dias; depois fui cegada com recurso a lentes de contacto opacas e deixei de ver o que quer que fosse), a ser utilizada como boneca insuflável por pessoas desconhecidas, a nossa cabeça começa a querer funcionar de forma anómala. Pelo que eu conhecia das minhas irmãs, a ideia seria mesmo essa: deixar-me completamente louca para passar a ser um joguete nas suas mãos e passar a alinhar em todos os seus caprichos. Por isso foi uma luta tirânica aguentar tudo, as torturas e o sexo sem prazer; mas eventualmente consegui manter-me lúcida e rebelde – com a ajuda da minha família, tendo-os sempre na mente…

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A troca

(história anterior)

O facto de estar metido numa família de mulheres manipuladoras faz com que já me tenha habituado a situações em que, muitas vezes, o que parece não é. Nisso Andreia é a pior de todas: o facto de a minha cunhada/ex-mulher ser extremamente parecida com Ana faz com que, sempre que ela tem uma “comichão”, assuma o lugar da irmã e me tente seduzir. E não nego que muitas vezes eu deixo-me enrolar por ela, algumas enganado e outras com consciência de quem ali está de verdade – aliás, eu tenho uma teoria: sempre que Ana me aparece à frente toda ousada e provocante, sempre que o seu “lado dominante” está em evidência, na realidade quem tenho ali é Andreia.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Acordo fechado

(história anterior)

- Luís, chega aqui, se fizeres favor.
Assim que ouvi o intercomunicador que tinha na secretária, levantei-me e saí da minha secretária, rumo ao escritório do Daddy. Estava com o meu visual masculino mas isso não me impediu de balançar as ancas enquanto andava, como fazia quando era a Melanie – ou seja, quase sempre…

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Opção definitiva (parte 2)

continuação...

A tarde deu lugar à noite e, à medida que as horas iam passando, Mónica reparou que Paula se ausentou por diversas vezes para falar ao telemóvel; pensou interrogá-la a esse respeito, mas acabou por se deixar ficar calada, preocupando-se mais em apanhar Sol e em dar alguns mergulhos na piscina.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Opção definitiva (parte 1)

(história anterior)

Depois de uma luta titânica, Marco respirou fundo e olhou para o cadeado minúsculo de plástico que tinha na mão. A partir do momento em que o colocasse no orifício principal do CB-6000 de acrílico transparente, não havia volta a dar: os seus genitais ficariam trancados enquanto Paula quisesse. A esposa havia falado naquela ideia algum tempo antes mas sem o impor; e o facto é que ela havia amadurecido na cabeça de Marco até este considerar que, de facto, fazia sentido ele usar um cinto de castidade: Paula já o controlava totalmente em todos os aspectos da sua vida, era perfeitamente normal que ela também comandasse os seus orgasmos. Assim, ele encomendou um e passou perto de uma meia-hora a tentar colocar os seus genitais dentro daquele espaço apertado – com um balde de gelo ao lado para aliviar as erecções provocadas pelo muito mexer no pénis. E só faltava a última tranca, que manteria o cinto de castidade em posição. Marco engoliu em seco, pegou no mini-cadeado e colocou-o no orifício, deixando de fazer força assim que ouviu o “click”. Depois pegou na chave do cadeado, meteu-a numa caixinha pequena, meteu-a no bolso do casaco, ajeitou a roupa e saiu da casa de banho do trabalho, tentando habituar-se à sensação de ter uma carapaça de acrílico a cobrir-lhe os genitais.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Três actos (parte 3)

continuação...

Não consigo precisar a quantidade de tempo que estive inconsciente: como devem calcular, desde que fora capturada perdera por completo a noção do tempo. A minha situação havia-se modificado totalmente: estava vendada e amordaçada, mas de uma forma estranha: eu conseguia abrir e fechar as pálpebras mas não havia meio de conseguir ver o que fosse, enquanto a minha boca também aparentemente estava livre mas havia qualquer coisa a cobrir-me dentes e língua. Não conseguia ouvir nada e dava a sensação de ter uma camada de qualquer coisa a cobrir-me a cara. Estava de pé, em cima de qualquer coisa, e sentia que estava a ser empurrada para diante apesar de estar imóvel e ter os tornozelos presos com algo metálico que não me permitia afastá-los; tinha também os braços cruzados à frente e não os conseguia mudar de posição. Tentei agitar-me mas não me mexi nem um milímetro… e comecei a entrar em pânico. Depois de eu ter sido raptada e violada daquela maneira, depois de eu ter sido abusada por todos aqueles homens, que mais me poderia vir a acontecer?

segunda-feira, 14 de maio de 2018

A cobaia da Doutora Rostovseva (parte 3)


Absorta nos meus pensamentos, não dei pelo regresso de May Chiang nem pelo que ela fez a Lin Pei. Só acordei para a vida quando esta se jogou para cima de mim e senti algo pontiagudo tocar-me no clitóris… fazendo-me gritar de surpresa.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Três actos (parte 2)

continuação...

Assim que fiquei totalmente submersa, a criatura teve ainda menos problemas em arrastar-me atrás dela, com ela a avançar pelo areal como se estivesse a andar normalmente, e por mais que eu tentasse libertar-me a sua mão não largava a corda que me prendia os pulsos. Sustive a respiração o máximo que consegui até os meus pulmões não aguentarem mais e eu involuntariamente ter tentado aspirar uma grande golfada de oxigénio… e surpreendentemente não comecei a sufocar! Abri os olhos (nem dera conta de os fechar) e, sem mais alternativa, fiquei a olhar para as costas da minha captora à medida que aquele ser ia avançando pelo fundo do mar.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

A cobaia da Doutora Rostovseva (parte 2)

continuação...

Então ela subiu para cima da maca, deitando-se por cima de mim e encostando o seu órgão à minha ratinha. Olhei rapidamente para as suas duas ajudantes mas elas quedavam-se imóveis a olhar para nós com um sorriso malandro.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Três actos (parte 1)

O meu nome é… sinceramente já não me lembro. Sempre me chamaram “Paciente 314” e acabei por me habituar a essa designação. Passei por tanto no Hospital, por tantas “terapias”, que aqueles malditos foram bem-sucedidos em apagar da minha memória a minha identidade; apenas consigo recordar farrapos da minha vida passada, bocados que escrevo com autorização do meu dono, para seu deleite e para eu não me esquecer do pouco que ainda me recordo, antes daquele maldito mutante me ter apanhado e trazido para ali… 

segunda-feira, 16 de abril de 2018

A cobaia da Doutora Rostovseva (parte 1)

(história anterior)

Abri os olhos lentamente, sentindo a inconsciência abandonar o meu corpo, deixando-me de novo desperta e capaz de me aperceber de tudo à minha volta. Estava deitada num sítio húmido e frio, iluminado unicamente com uma lâmpada que baloiçava por cima de mim e cujo raio de acção não deixava ver nada mais em meu redor. Como não poderia deixar de ser, estava presa a algo, pois os meus pulsos não se mexiam e estavam abertos, da mesma maneira que os meus tornozelos; quanto à minha boca, sentia algo metálico enfiado entre os dentes que me fazia tê-la aberta. Olhei para o meu corpo e vi-me totalmente nua.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Inversão

(história anterior)

Estive bastantes dias sem conseguir dar uma “aula” a Miguel. Uma das minhas filhas fez 30 anos, com direito a festa com toda a família, e por causa disso tive visitas em casa durante algum tempo; e naturalmente a disponibilidade para aventuras com os meus meninos era nula. Todavia, este tempo de espera acabou por servir para eu pensar no que fazer. Deveria convocar só Miguel ou os meus três meninos? Como queria que ele se apresentasse perante mim? Que lhe iria fazer durante a “aula”? E… deixá-lo-ia vir-se depois de tanto tempo a usar um cinto de castidade? Com o passar dos dias, as ideias foram surgindo em catadupa; e, assim que as minhas últimas visitas se foram embora, já tinha gizado o que fazer… o que me fez entrar logo em contacto com o rapaz a combinar a data da “aula”.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A cadela (parte 4)


Quando chegámos a casa, fui guiada para o jardim, sendo presa do outro lado da casinha de Roscoe, perto de uma torneira de água. Brian atarraxou-lhe uma mangueira com uma pistola na ponta e abriu-a, apontando-a para mim.
- Altura de te limpares, porca! – e carregou no gatilho da pistola.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A cadela (parte 3)



Durante algumas horas fui deixada sozinha, sem que ninguém do casal aparecesse ao pé de mim. Durante esse tempo nada mais pude fazer senão estar deitada no chão a olhar para ontem, a pensar na minha vida, e ir até às bacias de metal comer ou beber qualquer coisa quando tive essa vontade.
Não sabia o que me ia acontecer. Eu em casa havia dito ao Carlos que ia estar fora uns dias mas não lhe dissera quantos (também porque eu não o saberia dizer), por isso iria passar-se algum tempo até ele achar alguma coisa estranha. Tanto Brian como Tommy não pareciam ter intenções de me soltar e eu comecei a achar que eles queriam que eu ficasse ali com eles naquele papel de boneca insuflável, sendo usada, abusada e humilhada por qualquer um deles. O plug já me incomodava um bocado e a dor que eu ia sentindo nos braços e nas mãos não se comparava à que assolava os meus joelhos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A cadela (parte 2)


Durante o tempo que estive sozinha, a minha cabeça não parou de funcionar, tentando assimilar o que me havia acontecido durante aquele dia.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A cadela (parte 1)

Quando escrevi a minha autobiografia, há uns anos atrás, fui o mais honesta possível e mencionei tudo o que achei relevante que se soubesse sobre a minha vida, especialmente tendo em conta que a escrevi para o meu marido e que achava que ele devia saber tudo sobre a minha história.
Todavia, houve algumas coisas que não incluí lá – por vergonha, por querer falar nisso pessoalmente com ele… qualquer coisa assim. O fim-de-semana que aqui vou relatar é uma dessas coisas, dois dias que poderiam ter resultado num futuro bem diferente para mim…