segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Consolar a viúva

Marília meteu as últimas coisas dentro da caixa de plástico, tapou-a e olhou para o quarto que agora se encontrava vazio. Durante alguns anos, aquele havia sido o quarto das ferramentas de Paulo, o seu marido. Mas Paulo havia desaparecido meses antes sem deixar rasto, uma manhã saíra para trabalhar e nunca mais ninguém o havia visto. Cansada de esperar, especialmente depois de terem surgido movimentações nos seus cartões de crédito do outro lado do país e de ter aparecido o rumor de que o seu marido havia sido avistado atracado a uma beldade de fartas curvas bem longe dali, Marília optou por se antecipar à confirmação oficial. Passou a vestir-se de luto carregado e tratou de arrumar as coisas que haviam pertencido a Paulo, com a intenção de as dar, vender ou deitar fora.


Uma pancada na porta da rua sobressaltou-a. Acalmando-se, ela dirigiu-se à porta e espreitou, vendo que se tratava de Zé, o seu cunhado. A sua relação nunca fora das melhores e, após o desaparecimento de Paulo, haviam piorado ainda mais, com aquele a acusá-la por diversas vezes de ter algo a ver com o que se sucedera.
- Olá. – cumprimentou-o ela, sem alegria na voz.
- Onde está ele, Marília? – e, sem meias medidas, empurrou-a e entrou em casa – Onde está o meu irmão?!
- Bom dia para ti também. – Marília ignorou os modos bruscos do cunhado e grudou os braços – Que queres?
- Quero saber o que fizeste ao Paulo. Sei que estás envolvida no seu desaparecimento. Nem sequer tentes desmentir.
Um friozinho súbito apoderou-se da barriga de Marília.
- Estás a falar do quê?
- Disto. – e Zé retirou de dentro do casaco um papel dobrado – Apanharam o gajo que tinha em sua posse os cartões de crédito do meu irmão. Quando o interrogaram, ele respondeu que uma tipa, que nunca tinha visto na vida, tinha-lhos dado para que os utilizasse à vontade. Que não a conhecia mas que a conseguia descrever com alguma certeza. Abre e vê o desenho, parece-te alguém conhecido?
Tentando fingir indiferença, Marília desdobrou o papel e abriu-o. O seu coração deu um pulo quando viu que a imagem que ali estava representada era a sua! OK, os olhos não estavam bem iguais e a boca tinha os lábios mais pequenos que os seus, mas…
- O que vem a ser isto, Zé? Porque andas tu com um retrato meu?! – respondeu, tentando fingir indiferença – Andas com alguma paixoneta por mim e arranjaste isso para te matar saudades?
O homem franziu o cenho.
- Não sejas parva, Marília. Nem me tentes fazer passar por tolo. Sei que deste os cartões de crédito do Paulo àquele filho da puta. Agora quero saber porquê. E onde está o meu irmão. E daqui não saio sem me responderes.
Marília engoliu em seco a pensar como se poderia livrar daquela situação, tentando não se mostrar comprometida. E acabou por se aproximar de Zé, baixando o olhar.
- Zé, eu acho um bocadinho frio da tua parte acusares-me assim… eu perdi o meu marido, já me disseram que ele fugiu com uma cabra qualquer e eu agora fiquei aqui sozinha… achas que eu me importo com o que se passa com os cartões dele? Encontrei-os em casa, dei-os… se ele me trocou, achas que quero saber? – e encostou a cabeça no ombro do cunhado, começando a chorar.
O homem sentiu-se constrangido por ter aquela mulher ali encostada a si a desfazer-se em lágrimas, mas a sua raiva acabou por diminuir e ele acabou por a abraçar, tentando-a reconfortar um pouco. Marília recebeu o abraço e, quase por instinto, beijou Zé nos lábios, fazendo-o dar um salto.
- Que estás a fazer?
- Desculpa, Zé… eu… desculpa, ando transtornada…
Marília parecia querer começar a chorar novamente; e Zé acabou por ser ele a tomar a iniciativa, iniciando ele um novo beijo. Aquele beijo foi-se transformando num linguado, à medida que ele era dominado pelo seu desejo. A verdade é que Marília era uma mulher bastante atraente e não ficava atrás de rapariguitas com metade da sua idade. E à medida que Marília lhe ia devolvendo o beijo e o abraçava entre as suas mãos, Zé foi-se esquecendo das suas desconfianças e da sua antipatia com aquela mulher – e principalmente que era esposa do seu irmão…
O desejo daquele homem pela mulher que tinha à frente foi aumentando até que este a fez dar uns passos atrás até encostar Marília à parede.
- Que… que fazes? – gemeu ela, com um sorriso.
Ele não respondeu, deixando antes as suas mãos fazer a conversa: Zé começou a acariciar o corpo delicado que tinha à sua frente por cima do vestido escuro, justo ao corpo, até chegar às pernas cobertas por meias de nylon e à orla do mesmo; depois foi-o levantando até ficar pelo pescoço, revelando a lingerie escura e transparente. E enquanto Marília tirava o vestido, Zé tirava as camisolas e baixava as calças, ficando logo evidente o enorme alto que sobressaía nos seus boxers. Marília levantou o olhar e focou os olhos do seu cunhado: neles ardia uma chama de luxúria, de desejo, como se a única coisa que lhe passasse pela cabeça fosse devorá-la sem piedade e sem parar.
- Por favor, tem piedade…
Mas Zé não a ouviu, e atacou-a como um soldado contra o inimigo. Voltou a encostá-la à parede e baixou-lhe o soutien, revelando-lhe os seios de meia-copa e os mamilos arrebitados; os seus dedos sem hesitar começaram a estimulá-los, deixando a mulher de olhos fechados e a uivar a cada toque.
Uma das mãos de Zé desceu por aquele corpo feminino, não parando quando chegou às cuecas que cobriam as partes íntimas (e que já pareciam ter uma mancha de humidade): com o polegar, ele foi-as baixando até que as mesmas caíram no chão e o seu baixo-ventre ficou desnudo; e imediatamente a seguir aquela mão tocou nos lábios vaginais de Marília, que continuou a uivar de prazer.
- Zé… foda-se… come-me… por favor…
Foi nessa altura que o seu cunhado despiu os boxers, exibindo a sua pila erecta; e sem deixar Marília preparar-se, ele apertou-a contra a parede e fez com que o seu órgão entrasse na vulva excitada da mulher. Marília soltou um berro assim que aquele membro extra entrou por completo dentro de si, e continuou a gritar à medida que a situação se repetia. Dava ideia que Zé estava totalmente dominado pelos seus instintos mais básicos e queria devorar Marília.
Depois de algum tempo a entrar e sair daquela ratinha, Zé saiu lentamente e ficou a admirar o corpo da cunhada, lambendo os lábios enquanto esta o entreolhava, com olhar quase suplicante. Subitamente, ele voltou a agarrar nela e virou-a de costas para a parede, com Marília a gemer, magoada, assim que os seus seios ficaram apertados entre ela e a superfície dura, e quando Zé lhe torceu o braço atrás das costas.
Marília tentou relaxar ao máximo o rabo, pois estava mesmo em posição de também ter o seu cu penetrado; todavia Zé voltou a ajeitar-se e a fazer com que o seu órgão sexual voltasse a entrar na sua ratinha. Aquela posição tinha a desvantagem de não sentir a pila de Zé entrar e sair por completo, pois apenas a cabeça transpunha os lábios; e enquanto isso a mão livre voltava a estimular-lhe o mamilo.
- Foda-se, Zé… não é justo… – gemeu Marília.
E o seu cunhado acabou por aquiescer: deu um passo atrás e voltou a encostar-se a Marília, mas desta feita com a cabeça do seu órgão pronta a violar-lhe o ânus. Esta preparou-se para a investida… que acabou por acontecer depois de uns agonizantes segundos de espera.
- Querias, era? Toma lá, caralho! Toma, goza! – Zé gritava como se fosse um animal enquanto, com movimentos fortes, mexia as ancas e fazia o seu órgão entrar e sair do posterior de Marília e a mão que dantes lhe acariciara o mamilo agarrava agora no cabelo aloirado – Toma! Geme! Puta! Vaca!
Entalada entre a parede e o corpo suado de Zé, Marília nem ligou ao chorrilho de insultos que este lhe dirigia: ela nem ligava a nada, só mesmo àquela pila que lhe martelava o posterior e a fazia sentir-se ainda mais louca e desejosa de a ter a libertar o seu esperma nela; de tal maneira que ela conseguiu espremer o braço até ficar a jeito de acariciar o clitóris, algo que começou a fazer desenfreadamente. Pouco depois, a viúva sentiu-se explodir de prazer; e instantes a seguir foi a vez de Zé também disfrutar de um orgasmo, vindo-se em pleno traseiro de Marília.
Ambos ficaram quietos enquanto os seus corpos eram atravessados por todas aquelas ondas de prazer. Assim que se acalmou, Zé deu uns passos atrás e saiu do rabo de Marília, com esta a soltar um último gemido assim que a cabeça do pénis passou uma última vez pelo esfíncter anal.
- És uma boa lasca… já vejo o que viu o Paulo em ti!
Ela olhou para ele, depois baixou o olhar sem dizer nada e agachou-se para apanhar as suas peças de roupas, descartadas pelo chão.
- És um porco… aproveitas a morte do meu Paulo para me saltares em cima…
Zé riu-se.
- Agora a sério, Marília. Tu livraste-te do meu irmão, não foi?
- Quantas vezes vou eu ter de dizer que não?! – ela ficou possessa – Ele foi-se embora e eu nunca mais o vi! O quê, queres ir ver se eu tenho o corpo dele escondido na cave?! A sério, é o que te vai convencer?!
- Pronto, pronto, OK. – Zé levantou os braços em sinal de rendição, depois voltou-se e também se começou a vestir – Acredito em ti.
Assim que ficou decente e pronto para sair, Zé dirigiu-se para a porta da rua, sendo seguido por Marília, que o seguia quase em transe. Antes de sair, todavia, ele ainda deu meia-volta e agarrou-se a ela.
- Amanhã, se continuares assim desconsolada, eu posso passar por aqui e… consolar-te. Que dizes?
Deu-lhe um beijo brusco e saiu.
Assim que a porta se fechou, Marília trancou a porta e encostou-se a ela, suspirando de alívio. Fora por pouco… depois de um momento de pausa, um sorriso apareceu-lhe nos lábios e foi até ao fundo da casa, a caminho da porta que dava para a escadaria de acesso à cave. Lá chegada, tirou do bolso uma chave de ferro forjado, com a qual abriu a pesada porta da cave.
A luz, que se acendeu assim que Marília carregou no interruptor, iluminou imediatamente o corpo que estava deitado no chão de pedra da cave. Tratava-se de uma espécie de múmia envolta em papel celofane, em que apenas a zona onde se situava o nariz e a boca estava a descoberto; esta última, todavia, estava escancarada por intermédio de uns ferros metidos entre os dentes. No sítio onde se situaria o baixo-ventre também havia um buraco, onde se podia vislumbrar um pénis atado com fios de nylon apertadíssimos. Assim que Marília se aproximou daquele ser, este imediatamente moveu-se, o que causou à recém-chegada uma risada.
- Sabes quem é que encontrei ainda agora? O Zé, o teu irmão! E se soubesses o que ele me fez…
Como resposta, ouviu-se um grunhido abafado, que se silenciou assim que Marília baixou a saia e as cuecas e se sentou em cima daquela boca aberta.
- Sabes, Paulinho, quando eu pensei em ver-me livre de ti, nunca pensei que o teu irmão fosse um animal… em todos os sentidos! – olhou para baixo, divertida, ao ver uma língua escura sair daquela boca e tocar-lhe nos lábios vaginais – Não, querido, hoje não é aí. Hoje quero essa língua no meu cu, a lamber toda a esporra que o teu querido maninho me meteu aqui dentro! E entretanto…
Enquanto Marília se ajeitava de forma a ficar com o ânus mesmo em cima da boca do corpo e que este começou a lamber e a penetrar aquele orifício laboriosamente, esta debruçava-se sobre o casulo esbranquiçado e ficava com as mãos a centímetros daqueles genitais torturados.
- E enquanto vais lambendo e merecendo a tua refeiçãozinha diária, eu vou-te contar tudinho sobre como ele me devorou e me fez gritar como uma cadela com o cio… – gemeu enquanto com uma unha puxava um dos fios de nylon do pénis.
Efectivamente Marília não havia assassinado Paulo: ela apenas se havia limitado a adormecê-lo e a fechá-lo na cave, mumificando-o num casulo mas com a boca e os genitais de fora, para alimentação e tortura. E, depois de fora de portas fazer o papel de desprezada e abandonada, sempre que possível procurava “consolo” junto dos homens que lhe agradassem, atrás da máscara de mulher carente, e, em casa, fazia o seu marido lamber-lhe os genitais enquanto ela lhe contava todos os seus encontros, tudo enquanto ela lhe ia atando aqueles cordéis de nylon à volta do pénis e testículos. No final da noite, Marília despejava-lhe uma espécie de papa na boca à laia de alimentação. Até ao dia que aquela língua não tivesse forças para se movimentar…

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