segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O rapaz das pizzas

Sou a Melanie, sou crossdresser e, desde que me assumi como tal, sinto-me uma pessoa muito mais feliz e realizada. Vivo sozinha e os únicos momentos em que ando disfarçada de homem são quando tenho de trabalhar no escritório – mas mesmo aí ando de lingerie feminina vestida por baixo do meu fato de executivo. Quando chego a casa, porém… não descanso enquanto não mando fora aquelas roupas inestéticas e me meto dentro de um vestidinho justo e que acentue as minhas mamas falsas e o traseiro.
Há apenas um aspecto da minha vida como Melanie que nunca havia conseguido realizar: ser usada por um homem. Sempre que me vestia, imaginei muitas vezes ajoelhar-me à frente de um gajo, baixar-lhe as calças e chupá-lo, ou ainda tê-lo a dobrar-me sobre uma cama, meter-se atrás de mim e comer-me sem piedade. Sempre que a minha mente viajava até essa fantasia, o meu clitóris eriçava-se logo e eu tinha de o massajar até me saciar. Mas nunca tivera coragem de o fazer, limitando-me a chupar os meus dildos ou a enfiar plugs no rabo e imaginar que aqueles brinquedos eram pilas de homens a devorar-me. Até que um dia…


Depois de ter chegado a casa e já ter mudado de visual para Melanie, sentei-me um bocadinho ao PC onde encomendei uma pizza para o jantar e, enquanto esperava por ela, fui vendo um filme na Internet de uma crossdresser como eu a ser comida e bem comida por dois matulões negros. Tenho de admitir que por mais de uma vez tive de me tocar por cima do meu vestido justinho azul-escuro.
Quase vinte minutos depois, a campainha de minha casa tocou. Eu já estava com um buraquinho no estômago e foi com rapidez que me levantei da secretária, correndo em direcção à porta da rua – ou fazendo de conta que corria, pois fazê-lo de cima dos sapatos de salto-agulha cremes que eu havia calçado naquela tarde era tortura.
Espreitei pelo olho da porta e vi que, efectivamente, era o homem das pizzas. Abri a porta e cumprimentei-o. Era um rapazito de vinte e tal anos, alto e forte, bem apresentado. Entregou-me o que havia encomendado e eu tratei de levar a pizza, pães de alho e o sumo para a cozinha, sempre bamboleando as ancas ao máximo. Quando ele regressou, eu trazia a minha mala para lhe pagar.
- Quanto é?
O rapazito tirou um papelucho do bolso e entregou-mo.
- 15,70€.
Abri a mala, tirei de lá o porta-moedas e fui à procura das notas. O meu coração falhou um batimento quando reparei que o canto onde as costumo guardar estava vazio! Só depois me lembrei que eu tinha gasto as últimas ao almoço e que pensara em levantar mais dinheiro antes de chegar a casa… mas esquecera-me disso.
- Ai meu Deus… – murmurei – Por acaso não tem aí um multibanco portátil?
Ele fez má cara.
- Não, minha senhora, não tenho. Só aceito dinheiro vivo.
- E… olhe lá, não pode ficar com os meus dados e eu depois vou lá pagar? É que já sou vossa cliente há algum tempo e isto nunca me aconteceu… Não tenho nada! Ou melhor, tenho mas não chega!
- Nem pensar nisso, depois os meus patrões fazem-me a vida negra por ter dado uma borla. Ou paga ou chamo a polícia.
- Não, não, não… por favor isso não. Eu já revirei a minha mala, não tenho dinheiro que chegue. Pode ficar aí à espera enquanto eu vou levantar dinheiro?
- Não. Quem me diz a mim que depois não foge?
Engoli em seco. E, nessa altura, o “modo puta” da Melanie acordou.
- Por favor, senhor… não podemos arranjar uma outra solução? Faço qualquer coisa… e é mesmo qualquer coisa…
Pareceu-me ver um sorriso na sua cara. Sem pensar duas vezes, ajoelhei-me a seus pés e desapertei-lhe os botões das calças rasgadas com as minhas mãos cheias de pulseiras e anéis e de unhas encarnadas.
- Oiça, que está a fazer?
 Ignorei a pergunta e não parei mesmo quando fiquei defronte dos seus boxers escuros: baixei-os também até ver a sua pila já erecta.
- Oh… – lambi os meus lábios carmim ao ver aquela ferramenta já a apontar para mim. Nem sequer hesitei duas vezes antes de a meter na boca.
O rapaz grunhiu assim que entrou todo na minha boca; e, se eu já estava eléctrica, a partir dali eu senti-me possuída: eu queria que aquele homem me devorasse, me encostasse à parede ou atirasse ao chão e me comesse sem piedade! Fui-me movendo freneticamente, fazendo-o entrar e sair da minha boca, olhando para cima e vendo uma careta de prazer no seu rosto.
- Hmmm… és mesmo puta…
Senti-me corar ao ser assim designada: mas gostei. Senti o meu próprio clitóris bem rijo e a pedir umas carícias. Em vez disso, tirei a sua pila da boca, pois a mesma já estava estimulada o suficiente, virei-me de costas e coloquei-me de quatro no chão, de rabo espetado para ele.
- Por favor… faça-me pagar com o corpo… – gemi, tremendo de desejo.
Ele soltou uma gargalhada, mas ainda demorou a ajoelhar-se atrás de mim; e quando o fez, senti o seu órgão envolto em látex ser-me encostado ao rego do cu.
- Quem diria que eu vinha a encontrar uma puta desesperada por picha? – e soltou uma gargalhada.
Fechei os olhos e esperei pela penetração. Como eu disse, era normal eu andar por casa com plugs de bom tamanho, a saciar os meus apetites e a preparar-me para aquele momento: apenas fiz votos de ter treinado o suficiente para não ficar toda rasgada…
O rapaz meteu as mãos nas minhas ancas e apertou-me contra ele; e o seu órgão foi-me entrando de uma só vez no meu cuzinho; apesar de eu não ter metido lubrificante, não teve dificuldades em entrar e depois voltar a sair, começando a repetir este movimento vezes sem fim. Sempre que ele entrava fundo em mim, eu soltava um guincho, enquanto ele ia suspirando à medida que me comia.
- Sim, querido, come-me assim, sem piedade, abusa de mim… dá-me isso tudo, seu homenzarrão… – fui-o provocando.
Não sei se as minhas palavras o afectaram ou não, mas o que é certo é que ele pareceu acelerar mais um bocado… até que parou, saiu de mim e levantou-se.
- Não…
- Cala-te.
A sua mão agarrou-me pelo cabelo, levantando-me, depois ele virou-me de costas para ele e empurrou-me na direcção da parede; e assim que lá cheguei, ele entalou-me entre ela e o seu corpo… e voltou a enfiar a sua pila no meu cu. E desta vez foi mais brusco ao fazê-lo!
- Ai, bruto! – reclamei, apesar de não me sentir nem metade chateada com o que ele fizera… muito pelo contrário!
- Falas demais… devias estar amordaçada. Ou ter a boca cheia por mais um caralho, a ver se te calavas!
A ideia era tão boa… mas ali só estava ele. Mesmo assim não me pude queixar, pois o homem da pizza voltou a enrabar-me com toda a força, fazendo-me guinchar incessantemente. De súbito, foi a vez de ele gritar:
- Toma o troco, sua puta! Toma…! Toma…! Toma…!
Sabia que ele se estava a vir em mim (apesar do preservativo) e isso era delicioso: não pude deixar de acariciar o meu clitóris. E, perante o meu estado de excitação, não demorei quase nada a vir-me, esporrando o meu vestido todo, ficando com uma enorme mancha esbranquiçada nele. Mas mesmo após o seu orgasmo, o rapaz não parou de me enrabar, se bem que mais lentamente. Até que parou de vez e saiu de dentro de mim.
Assim que me acalmei, fui escorregando pela parede abaixo até cair no chão, sem forças. Fui vendo o rapaz tirar o preservativo, dar-lhe um nó na ponta e atirá-lo para cima da minha cabeça; e de seguida ajeitou as roupas, indo posteriormente à casa de banho. Assim que voltou, ao ver que eu ainda não me tinha mexido, soltou uma gargalhada.
- Bom, senhora, então como é? Não posso regressar ao meu chefe de mãos a abanar…
- Leva todo o meu dinheiro, mereceste-o, querido. – suspirei, ainda sem me mexer.
O rapazito sorriu, agarrou-me na mala, abriu-me a carteira e tirou-me as notas que lá tinha, não me recordo quanto era.
- E… podemos fazer um acordo? – continuei, levantando-me do chão mas sentindo ainda as pernas fracas e agarrando o preservativo usado – Da próxima vez que encomende uma pizza, podes vir tu novamente… e aproveita e traz um amigo teu, para… hmm, encherem-me de chouriço. Pode ser?
O rapaz pareceu ficar a olhar para mim incrédulo, para depois encolher os ombros e assentir com um sorriso.
- Boa! Então até à próxima. – dei-lhe um beijo na cara e, assim que ele deu meia-volta e saiu, fechei a porta.
Sentei-me numa cadeira onde fiquei imóvel durante bastante tempo, sentindo-me ainda fraca depois de aquele rapaz das pizzas me ter devorado, e ainda pensando no que se passara. Eu adorara a experiência e iria querer repeti-la de futuro. Mas faltava ainda uma coisa… ergui o preservativo, tentei abri-lo e, assim que o consegui, despejei o seu conteúdo pela minha cara, esfregando o esperma pelo meu rosto, lábios e língua. E voltei a sentir necessidade de acariciar o meu clitóris, o que voltei a fazer avidamente…
Voltei a vir-me, sempre com a memória daquela pila no cu. E só depois de me sentir saciada é que me levantei e, ignorando completamente o estado da minha roupa e da minha cara, fui ver as pizzas e os pães de alho.

(história seguinte)

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