quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Como morto

(história anterior)

O Dia das Bruxas passou-se e, contra todas as minhas expectativas, Ana não preparou nada de especial. Normalmente por esses dias ela dá asas à imaginação e, sozinha ou acompanhada de Andreia, faz qualquer coisa de picante vestida de vampira, ou bruxa, ou algo do estilo. Todavia neste ano a minha esposa não teve ideia nenhuma. Era um facto que ela agora passava mais tempo no papel de mãe, querendo dar toda a atenção e tempo disponíveis aos nossos filhos. Eu percebia que o facto de Ana ter perdido os pais muito cedo teria um enorme peso nesse seu comportamento, por isso nunca a julguei nem me aproveitei disso: os meus tempos livres extra-futebol eram passados ao lado dela, com os nossos meninos, em casa ou passeando, ou visitando os nossos familiares. Obviamente ainda tínhamos sexo mas não tanto como dantes, e com menos aspectos kinky.