segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Noite de gajas

(história anterior)

Mónica olhou-se ao espelho e começou a arrumar os objectos de maquilhagem no estojo. Enquanto o fazia, pensava nas circunstâncias daquela saída com Susana. OK, ela era uma conhecida longa data de Paula e já tinha estado com o casal em diversos eventos, tendo visto a crossdresser inúmeras vezes. Todavia, era a primeira vez que se combinava uma “saída de miúdas” – o termo que Paula usava para aquela noite – e era um nadinha suspeito que apenas se tivesse convidado uma outra rapariga para as acompanhar. Mas Mónica confiava implicitamente na esposa: com um encolher de ombros, ela sorriu e saiu do quarto, onde Paula já a esperava.
- Estava difícil, hein? – admoestou-a ela.
- Desculpa, amor. – desculpou-se Mónica – Sabes que isto de me transformar em Mónica demora tempo…
Paula soltou uma gargalhada.
- Vá, andamento, não Me apetece deixar Susana à espera.
Deram um beijo e saíram de casa.

Aparecer em público vestido de mulher ainda era algo que deixava Marco – ou, melhor dizendo, Mónica – algo desconfortável. Os olhares por cima do ombro e os cochichos à sua passagem continuavam a deixá-la pouco à vontade, mas a presença de Paula a seu lado acabava por amenizar a situação e distraí-la desses casos.
O ponto de encontro com Susana era à porta de um restaurante na Baixa de Lisboa; e quando o casal lá chegou já era esperado por uma mulher ruiva, alta e esguia.
- Olá, queridas! – cumprimentou-as ela, com um sorriso.
- Viva, Susana! – respondeu Paula – Desculpa a demora, mas a Mónica adora passar tempo sem fim a maquilhar-se.
- Olá, sou a Mónica. – intrometeu-se a crossdresser, de sorriso amarelo estampado no rosto.
- Eu sei, eu sei, a tua esposa tem-me falado imenso de ti. – e um brilhozinho malicioso apareceu no canto do seu olho, antes de apontar para a porta que dava acesso ao restaurante – Bom, vamos?
As três entraram no espaço onde já bastantes pessoas se encontravam a jantar, com algumas delas a virarem a cabeça para olhar para as recém-chegadas. De facto, difícil seria não causarem impacto, pois todas três estavam vestidas de forma sedutora: Paula vestia um corpete encarnado e uma mini-saia de cabedal preto, da mesma cor e estilo das luvas que tinha a cobrir-lhe os braços e mãos, tendo as pernas envoltas em meias de rede pretas e calçando uns sapatos de salto alto encarnados, com compensação; Susana envergava um vestidinho justo vermelho-vivo, que descia pouco abaixo das ligas das meias de nylon encarnadas que tinha nas pernas, com ela a calçar uns sapatos parecidos aos da amiga em que a única diferença era serem pretos; e Mónica tinha uma camisola transparente preta que deixava ver o soutien cor-de-rosa que tinha por baixo, uma mini-saia preta parecida à de Paula, meias de nylon pretas e sapatos de salto-agulha igualmente pretos. Aquilo que ninguém podia ver era os extras que Mónica tinha, como a fita de cetim atada em redor da base do pénis, ou o plug dourado com jóia que Paula lhe colocara no cu. Indiferentes aos olhares dos restantes comensais, as três escolheram uma mesa e sentaram-se.
O jantar não teve grande história, com as três mulheres sempre em amigável conversa enquanto comiam o que haviam escolhido da ementa. O que deixou Mónica de sobreaviso foram as pernas que, não poucas vezes, se roçaram nas suas – não só as de Paula mas de Susana também…
Após a sobremesa, café e discussão sobre quem pagava o quê, as três saíram do restaurante, deixando a mesma impressão causada ao entrar. No exterior do restaurante, Mónica engoliu em seco, pois a “noite de gajas” iria começar; respirou fundo e perguntou:
- E agora, para onde vamos?
Paula riu-se.
- Não achas que estás a querer saber demais? – a sua mão enluvada agarrou a da crossdresser e seguiram ambas rua acima, seguidas de Susana, que sorria, divertida.

A viagem, para espanto de Mónica, acabou em sua casa. Assim que chegaram a casa, ambas ficaram à espera uns instantes até o carro de Susana aparecer e ela sair lá de dentro.
- Vamos? – perguntou Paula.
- Atrás de vocês, que a casa é vossa! – Susana continuava bem-disposta e a sorrir.
Enquanto ia atrás da esposa, Mónica pensava que tudo aquilo cheirava a esturro. Que “saída de gajas” termina em casa de uma delas, a não ser que haja motivos suspeitos para isso? Mas ela não teve muito tempo para pensar nos porquês, pois elas haviam chegado à sala e Paula já a atirara para cima do sofá.
- Para baixo, menina!
Susana sentara-se num dos apoios do mesmo sofá, observando a cena, enquanto Paula fazia uso da sua força superior para despir a saia de Mónica – que, apesar de tudo, não estava a dar grande luta. Assim que a saia caiu no chão, o órgão da crossdresser ficou imediatamente à mostra, visto ela ter sido proibida de vestir cuecas antes de sair de casa…
- Sim senhora! – ouviu-se a voz de Susana – Sais à rua nesses preparos? És uma desavergonhada…
- Oh, se é! E mais não viste tu o resto… – riu-se Paula, fazendo Mónica deitar-se sobre o seu colo e exibindo à amiga aquele rabo preenchido. Susana soltou uma gargalhada:
- E gosta de andar com plugs no cu… tu és mas é uma debochada! Espera lá…
E, enquanto falava, Susana começou a despir o seu vestido até ficar de lingerie. Mónica ficou boquiaberta a vê-la de soutien transparente, cinto de ligas e tanguinha de fio dental, tudo encarnado… e, praticamente enrolado no fio dental, tentando libertar-se do tecido, estava um pénis verdadeiro!
- Se gostas de plugs, hás-de amar a minha pilinha! – com a mão baixou a tanga e masturbou-se um pouco.
Mónica mirou Susana de alto a baixo, tentando perceber o que ela era. Apesar de, de facto, parecer haver qualquer coisa de masculino nas linhas do seu rosto, ela era uma mulher, de lábios grossos, peito normal se bem que um pouco pequeno e pernas compridas e firmes… e uma pila. Susana só podia ser uma shemale! Aterrada, a crossdresser olhou para Paula, que sorria abertamente.
- Oh, não! – exclamou a Dominatrix, com falsa surpresa – A Susana tem uma pila! E agora, que havemos de fazer, Mónica?
Mónica não conseguia responder, o facto de estar ali com uma mulher de pila deixava-a sem reacção. Normalmente Paula era muito possessiva e ciumenta e nunca considerava a ideia de envolver pessoas intimamente com elas; e estavam ali com uma shemale? Quase como se lhe tivesse lido os pensamentos, Paula continuou, enquanto fazia Mónica sair-lhe do colo e se levantava:
- Já sei que te deves estar a perguntar do porquê de a Susana estar aqui. Para além de ela ser uma grande amiga Minha e também gostar de CDs, ela tem algo que Eu infelizmente não tenho e que tu já podes adivinhar o que é… e como Eu queria engravidar-te, querida mulher, tive de convidar a minha Susaninha para te foder e te fecundar a tua rata. Que dizes, querida Mónica?
A crossdresser estava completamente sem reacção, a ideia de ser comida por uma shemale nunca lhe passara pela ideia – nunca pensara que um dia se deparasse com uma pila para dar prazer! Indiferentes à confusão que ela sentia, Susana e Paula aproximaram-se da crossdresser de mão dada, com a Dominatrix a deixar cair a saia e a revelar o seu strap-on, cor de carne.
- Vês, puta, tens dois caralhos para dares prazer! – continuou Paula – E agora, como vai ser? Pena é o Meu ser artificial, mas pronto, alarga-te o cu à mesma!
Susana aproximou-se de Mónica e a sua mão tocou-lhe no queixo com delicadeza, para de seguida esfregar-lhe o pénis na cara. Em pânico, esta olhou para Paula, que assentiu com a cabeça peremptoriamente. A crossdresser engoliu em seco, fechou os olhos, abriu a boca e enfiou nela o pénis da shemale. Assim que começou a chupar, sentiu a mão de Susana agarrar-lhe no cabelo e, ao mesmo tempo, umas mãos a colocá-la de joelhos no chão e a mexerem-lhe no plug que tinha no cu, retirando-o. Susana começou a gemer à medida que Mónica lhe ia chupando o órgão e deixando-o mais duro. Entretanto, Paula deitara-se sobre o corpo de Mónica e, de uma só vez, enfiou-lhe o dildo no cu, fazendo-a soltar um urro.
- Oh, tanto barulho porquê, puta, se já levaste com maiores que este? – gritou Paula, entusiasmada.
A Dominatrix passou as suas mãos enluvadas pelo corpo de Mónica, com uma a enveredar para debaixo da camisola e a outra a agarrar-lhe no órgão e a desatar a fita que o prendia, agarrando nele de seguida e começando a masturbá-lo. A crossdresser estava com um misto de sentimentos: se por um lado aquela mão a massajar-lhe o pénis e o dildo que a enrabava a estavam a fazer sentir louca, por outro lado a pila que tinha na boca e que era obrigada a chupar deixava-a algo constrangida.
- Isso, querida, borra o teu baton todo na minha pila, quero vê-la encarnada da tua boca! – gemeu Susana, sempre a rir-se, sempre a agarrar no cabelo de Mónica.
- Ela fica tão linda de caralho na boca, não achas, Susy? – perguntou-lhe Paula – Se não a quisesse só para Mim, fazia-a prostituir-se.
A shemale ia para responder mas foi forçada a morder os lábios e a sair bruscamente da boca de Mónica, pois o seu clímax estava próximo e ela não se queria vir ali. Deixou-se ficar uns instantes imóvel, tentando recuperar.
- Bolas, oh Paula, a tua menina chupa bem, pelo menos nisso safa-se!
- Sim, ela tem uma boa boca. – declarou Paula com um sorriso – E o cu também não é mauzinho!
Esta saiu do rabo da crossdresser depois de o ter estimulado durante algum tempo e de a ter masturbado um bocado e tratou de retirar o strap-on, ficando de ratinha (já húmida) à mostra. Paula deu a mão a Mónica, como se a fosse ajudar a levantar; todavia a sua intenção era apenas e só virá-la de barriga para cima. Assim que o conseguiu, agachou-se sobre a boca da mulher.
- Agora é a Minha vez de saborear a tua boquinha, Mónica do Meu coração…
Enquanto isso, Susana ajoelhou-se entre as pernas abertas da crossdresser, quase encostada ao seu cu; com as mãos ela levantou-lhe um pouco as pernas, fazendo com que o posterior de Mónica ficasse mais acessível, encostou o seu órgão ao esfíncter anal dela e começou a penetrá-la.
Ao sentir aquela pila entrar em si, a crossdresser começou a hiperventilar e quase se esqueceu da sua tarefa principal de dar prazer a Paula, por isso esta não hesitou em agarrar-lhe no órgão com a mão e apertar com força.
- Que se passa, menina?! – vociferou ela – Estás armada em esquisita e estranhas agora teres uma pila a sério no cu? Só gostas das de plástico? Temos pena, agora tens uma verdadeira. E em vez de te preocupares com isso, pensa mas é em dar prazer à tua Dona, que é para isso que aqui estás!
Resignada, Mónica obedeceu, voltando a passar a língua pelo clitóris de Paula, penetrando-a com ela, provando a sua humidade: de facto, o pénis que a estava a enrabar era mais pequeno e estreito que o que a penetrara instantes antes (até devia ser mais pequeno que o seu próprio órgão sexual!), por isso nem estava a magoá-la por aí além. Mais satisfeita, a sua Dona começou a masturbar o pénis que segurava na mão, primeiro com calma, depois, à medida que Paula se ia aproximando do clímax, mais rapidamente. Susana, por sua vez, continuava a penetrar o rabo de Mónica com cada vez mais vigor, sentindo-se novamente aproximar do clímax; desta vez, antes de fazer fosse o que fosse, olhou para Paula:
- Sempre queres que o faça? – perguntou.
- Siiiiiiim! Recheia a puta! – foi a resposta entre dois gemidos.
As mãos de Susana enclavinharam-se nas pernas da crossdresser enquanto aquela a penetrou com o máximo de força que conseguia até que a shemale atingiu o clímax e começou a vir-se dentro do rabo de Mónica enquanto gemia incessantemente. Enquanto isso, Paula sentia-se ela própria à beira do seu prazer supremo mas ainda arranjou forças para agarrar novamente no órgão de Mónica com força:
- Sente a nhanha a correr dentro de ti, Minha mulherzinha, sente esse pau vivo a entrar e sair de ti, a fecundar-te, a impregnar-te de essência… Ohhhh… – Paula interrompeu-se assim que a língua da crossdresser a fez vir também, voltando mais uma vez a masturbar o órgão que segurava na mão – Vem-te, caralho! Mostra-Me de que é capaz esse teu clitóris, foda-se! Senão tranco-o!!
Mas aquela ameaça já fora escusada, pois Mónica cedera aos estímulos manuais de Paula e estava a vir-se, com a Dominatrix a fazê-la sujar a sua roupa toda com o seu próprio sémen.
Depois de todas se terem acalmado, Paula levantou-se de cima de Mónica e Susana saiu de dentro dela, a sorrir. Esta aproximou-se da Dominatrix e abraçou-a, dando-lhe um beijo nos lábios e recebendo um linguado em troca, retirando-se depois para a casa de banho para se limpar. Paula e Mónica ficaram sozinhas, com aquela a ajudar a crossdresser a levantar-se.
- Espero que tenhas gostado, querida. – declarou Paula, com um sorriso de orelha a orelha.
- Foi… estranho. – confessou Mónica – Nunca pensei que me fosses partilhar com alguém, não interessa se outra cross, shemale ou homem ou mulher…
- A Susana é especial, é uma pessoa em quem confio implicitamente. Temos algumas aventuras juntos, um dia conto-tas. E não te preocupes que não te estou a partilhar, Minha esposazinha: continuas a ser Minha e só Minha… apenas te quis dar algo que Eu não te posso dar, a sensação de um orgasmo na tua “rata”. Daqui por uns dias vou continuar a fazer de ti uma autêntica mulher, vou-te fazer usar pensos higiénicos, tampões, tudo o que Me apetecer.
E soltou uma enorme gargalhada, com Mónica a hesitar e eventualmente a sorrir também. E beijaram-se.

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1 comentário:

  1. Lindo, adorei ler este conto. E como sempre consegues prender a atenção. Beijinhos

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