segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Puta

(história anterior)

Pela centésima vez agitei-me na cama, tentando ver se as minhas amarras cediam, pela centésima vez percebi que os meus movimentos eram inúteis: a minha Dona havia-me amarrado bem. Apenas desejava que Ela não demorasse muito a regressar, pois já havia saído havia algum tempo e estar deitado numa cama envergando apenas uma camisinha de noite transparente, uma tanguinha, cinto de ligas, meias de nylon e sapatos de salto alto não fazia com que eu me sentisse muito quente…


Assim que a minha Dona me amarrara os pulsos aos ferros da cabeceira da cama, dissera-me que tinha de Se ausentar por algum tempinho, mas que quando voltasse Se iria ocupar de mim durante bastante tempo. Obviamente que fiquei expectante: Ela não me dissera quanto tempo iria estar ausente, por isso não tive outro remédio senão esperar… e desesperar.
Como não tinha relógio ali ao pé, não pude controlar a passagem do tempo, podendo apenas guiar-me pela minha bexiga e pelo meu estômago; todavia estimo que devo ter estado sozinho perto de duas horas. Quando comecei a ouvir rumores do outro lado da porta fechada, chamei logo:
- Senhora?
Ela ainda demorou a abrir a porta, mas pude ouvi-l’A a passear-se pela casa: o som de tacões contra o chão diziam tudo. Quando, finalmente, a porta se entreabriu e pude ver a figura majestosa da minha Dona a surgir, o meu coração acelerou. O Seu corpo estava coberto por um catsuit preto, justinho, tendo um corpete preto a apertar-Lhe o peito. Havia calçado uns botins pretos com atilhos e salto-agulha e trazia um dildo encarnado preso ao Seu baixo-ventre.
- Diz lá que não tiveste saudades Minhas, puta…
Engoli em seco ao ver o dildo.
- Tive, Senhora… muitas…
Ela dirigiu-Se ao armário dos brinquedos, que abriu e de lá tirou um lenço de seda. Pensei que o fosse usar para me amordaçar, mas em vez disso ajoelhou-Se na cama perto do meu baixo-ventre e, com uma das mãos, baixou-me a tanguinha e agarrou-me com força no órgão – quase como se mo estivesse a esmagar.
- Aguenta, puta.
Obedeci a custo, tendo de morder os lábios para não desatar a gritar enquanto a minha Dona não tinha dó dos meus genitais. Era como Ela costumava dizer: todo eu Lhe pertencia e Ela fazia com as Suas posses o que muito bem Lhe apetecesse. Assim que Se fartou, Ela começou a passar-me o lenço pelo órgão (a minha Dona sabia bem o quanto a seda me excitava) para depois o atar à volta da base dos genitais, com força. Depois disso voltou a puxar-me a tanga para cima e ajoelhou-Se por cima de mim, com a Sua pila a escassos centímetros da minha boca.
- Confortável, putinha? – olhou para mim e sorriu, com um sorriso agradável.
Assenti, sorrindo da mesma forma. Naquele momento, não queria estar em mais nenhum lado, com companhia de outra pessoa que não fosse aquela Senhora que eu venerava e adorava.
- Bom, como já estávamos há algum tempo sem estarmos juntos, acho que devia de te abrir toda mais uma vez, para ver se voltas a ter o cu como Eu gosto. Antes disso, vais ter de começar a molhar a Minha pila.
A Sua mão agarrou-me com força na peruca, bem presa à minha cabeça, e eu abri os meus lábios pintados para acolher aquele falo encarnado na minha boca. Comecei a humedecê-lo ao máximo à medida que Ela mo ia enfiando na boca, sabendo de antemão o que se iria seguir… A minha Dona fez-me chupar aquela pila artificial com voracidade, como se eu Lhe estivesse a dar prazer.
- Um dia, faço-te chupar uma pila a sério… que dizes, puta?
Olhei para os Seus olhos entre duas chupadelas, tentando perceber se Ela estaria a falar a sério. De vez em quando a minha Senhora falava naquilo, para me provocar, enquanto eu, nos meus estados mais loucos e mais possuídos (mais “putéfios”, se calhar), sentia uma enorme vontade de o fazer, sem pensar em mais nada. Acabei por não responder, aproveitando o facto de ter a boca cheia com o Seu dildo. Mas, mais uma vez, a ideia ficou marinando na minha mente…
Quando Ela achou que aquela pila estava molhada o suficiente, saiu de dentro da minha boca e levantou-Se, regressando ao armário. Foi lá buscar o eterno boião de vaselina e calçou uma luva de látex na Sua mão direita – imaginei que para me preparar o rabo – mas também tirou de lá mais um rolo de corda. Fiquei confuso a olhar para o que Ela iria fazer, mas depressa percebi os Seus intentos. Ela agarrou-me no tornozelo direito, atou-lhe uma ponta da corda e passou a restante pelos ferros da cama, fazendo-me ficar de perna levantada, não muito longe dos pulsos; depois fez o mesmo ao meu tornozelo esquerdo, até eu ficar de rabo exposto… De seguida, a minha Dona voltou a subir para cima da cama e ajoelhou-Se encarando o meu posterior.
- E agora, puta? Desvio-te as cuecas ou rasgo-tas?
Sem esperar a minha resposta, a Sua mão puxou-me a tanga para cima e abriu o boião de vaselina, despejando um bocado do seu conteúdo no meu esfíncter. Aquela substância estava fria… Imediatamente Ela começou a enfiar-me o dedo enluvado, fazendo com que a vaselina fosse entrando dentro de mim – e excitando-me ao mesmo tempo…
- Olha para a cara dela… estás a gostar, não estás?
Sem pensar, assenti: era verdade… o cu era e será sempre o meu ponto fraco. Os Seus estímulos ainda devem ter durado um par de minutos, após os quais o Seu dedo saiu de dentro de mim e senti a cabeça do dildo ser-me encostada ao ânus. Relaxei ao máximo os músculos, tentando oferecer o mínimo de resistência à invasão por parte daquele objecto; quando dei por mim, já a minha Dona havia enfiado a cabeça da pila artificial, avançando lentamente.
- Olha para ela, para a carinha de satisfação que ela tem na cara…
Sentia uma ligeira dor nos genitais onde a minha Senhora havia atado o lenço; essa dor aumentou assim que Ela me agarrou no órgão (ou no clitóris, como preferirem) e me começou a massajá-lo em simultâneo com os Seus avanços e recuos dentro de mim. Abri os olhos (nem dera por fechá-los, fizera-o quando Ela me penetrara) e pude ver o Seu rosto a olhar para mim com o Seu eterno ar doce e um ligeiro sorriso.
- Estás bem? – perguntou. Assenti mais uma vez.
O Seu dildo começou a mover-se de forma ligeiramente mais célere – sem, contudo, entrar na sua totalidade dentro de mim, o que me teria deixado com o rabo aleijado – enquanto Ela me colocou a mão sobre a boca e eu comecei a chupar nos dedos que ali estavam. De facto, se naquele momento um homem enfiasse a sua ferramenta na minha boca, eu abocanhá-la-ia com toda a voracidade até se vir. Estava possuído pelo meu lado mais devasso, mais… puta. E Ela reparou.
- Gosto de te ver assim. Continua.
Enquanto falava, a minha Dona continuou a penetrar-me com o Seu dildo, ao mesmo tempo que me fazia chupar nos Seus dedos. Com a outra mão, Ela começou a tocar-me no órgão, masturbando-mo ao mesmo tempo que me comia. Comecei a perder ainda mais a cabeça. A Sua outra mão saiu da minha boca e optou antes por me agarrar num dos mamilos e começar a torcê-lo, causando-me alguma dor… mas a mesma era atenuada pelo resto que Ela estava a fazer.
Quando dei por mim, a minha Dona tinha-me desatado os tornozelos dos ferros, deixando-mos cair gentilmente em cima da cama e fazendo-me quase ficar sentada sobre o Seu colo. Naquela nova posição, pude ter algum controlo sobre a velocidade com que Ela me comia o rabo; assim, da forma como eu estava possuído, comecei a mover-me com mais velocidade, fazendo com que o Seu dildo fosse entrando e saindo de mim com uma maior frequência.
- Gostas mesmo de ser comida… és mesmo puta.
- Sim, Senhora… sabe bem que sim… – gemi.
Naquela altura, a minha boca voltou a ser invadida por mais um objecto estranho. Voltei a abrir os olhos e vi que a minha Dona segurava numa das mãos um outro dildo, maior que aquele com que me estava a penetrar o posterior. Sem hesitar, comecei a chupar nele ao mesmo tempo que sentia a Sua outra pila a entrar e sair de dentro de mim. Naquele meu estado de depravação, desejava que aquele dildo fosse real e que, mais cedo ou mais tarde, me enchesse a boca de leite… Senti a outra mão da minha Dona agarrar-me no lenço que tinha amarrado aos genitais e a desatá-lo, para depois me voltar a acariciar o pénis duro, continuando o acto de me masturbar, juntando aquela mão aos dildos que me violavam a boca e o cu.
Assim que a Sua mão enluvada me começou a masturbar, comecei a sentir o clímax a aproximar-se. Todavia lutei contra ele, tentei evitar atingi-lo, pois não queria que aquilo acabasse, queria continuar a ser penetrado e estimulado pela minha Senhora; abri as pernas ainda mais porque queria sentir-me totalmente aberto e exposto para a minha Dona me comer a Seu bel-prazer. Ela cuspiu-me para a pila para ajudar a lubrificar e continuou a masturbá-la.
- Adoro ver-te assim tão devassa, puta, tão louca… adoro levar-te à loucura.
Não consegui responder, mas era óbvio que eu também adorava quando Ela me transformava numa rameira sem qualquer vontade a não ser a de ver os seus buracos violados até à exaustão. Continuei a saltar sobre o Seu colo, sempre a sentir o Seu strap-on a penetrar-me o rabo, sempre a sentir o Seu dildo a violar-me a boca, sempre a sentir a Sua mão a masturbar-me o meu próprio órgão. Apesar de tentar controlar-me, não foi possível evitar que aquele orgasmo aparecesse e fizesse com que a minha pila começasse a libertar sémen, sujando o meu peito (a minha Dona havia-me levantado a camisa de dormir previamente para que eu não a manchasse com a minha essência) e depois a Sua mão, pois Ela não parou de ma massajar nem eu parei de me mexer.
Quando o meu orgasmo acabou, tanto eu como Ela parámos os nossos movimentos. Ela retirou-me o dildo da boca e saiu do meu cu, para depois tirar a luva e me desatar os pulsos dos ferros da cama. Após uma massagenzita nos mesmos para reactivar a circulação, aceitei as toalhitas que a minha Dona me cedeu e comecei a limpar os meus genitais e barriga, cheios de essência minha; enquanto isso, Ela despia-Se para Se deitar na cama, já para dormir. Acabei de me limpar e hesitei sobre se havia de me despir ou de passar a noite assim vestido; optei por ficar como estava, querendo dormir como uma menina. Quando me virei para o lado e me meti debaixo dos cobertores, ouvi a Sua voz:
- Vais dormir assim hoje? Muito bem, puta. Então falta uma coisa.
Não me mexi enquanto A ouvi de volta do armário a guardar as coisas, sentindo-me aquecer debaixo dos cobertores. Subitamente algo foi-me enfiado no rabo, não muito grosso e que reconheci como um dos plugs que eu costumava usar.
- A Minha puta tem de dormir com esse cu guloso recheado, senão não dorme bem… verdade? – disse Ela, enquanto Se deitava a meu lado.
Virei-me para Ela e sorri.
- Verdade, Senhora. Adoro-A tanto… – e aproximei-me d’Ela, dos Seus lábios, e beijei-A. Ela devolveu-me o beijo
- E eu a ti, Minha putinha. Boa noite.
- Boa noite, minha Senhora.
E aninhei-me nos Seus braços, sentindo-me imensamente feliz.

(história seguinte)

1 comentário:

  1. Sem palavras, sabes bem o que achei e senti ao ler este conto. <3 beijinhos

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