segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A aberração

A instituição que se havia intitulado “Hospital” e que ocupava as ruínas de um hospital abandonado tinha imensos quartos, muitos deles ocupados por rapazes e raparigas raptados com o intuito de serem transformados em escravos sexuais e vendidos a quem se disponibilizasse para pagar as grossas maquias pedidas. Atrás da porta do quarto 315, encontrava-se Tatiana – não, Tatiana não, para as entidades do Hospital, aquela rapariga deixara de ter nome: quando se referiam a ela, era apenas como “Paciente 781”. Uns meses antes, ela tentara fugir dali, conseguindo sair do recinto daquele local mas sendo avistada pelas pessoas de um hospital psiquiátrico, estes colocaram-na num dos seus quartos enquanto decidiam o que saber com ela. Só que uma das Enfermeiras do Hospital, a Enfermeira M, encontrara-a e, após ter abusado dela, trouxe-a de volta à instituição, onde a vida da rapariga foi transformada num autêntico inferno, sendo abusada por Doutores e Enfermeiras indiscriminadamente.


“- És mercadoria perdida, Paciente 781. Não podemos arriscar e vender-te, correndo o risco de termos queixas de clientes a quem não sirvas convenientemente… pelo menos no teu estado actual. Mas isso não significa que te iremos deixar ir. Significa que vamos mudar o teu corpo e, talvez, a tua mente…” declarara a Enfermeira-Chefe N algumas semanas depois da sua recaptura. A partir daí, ela foi submetida a inúmeras intervenções cirúrgicas, nunca a informando dos seus objectivos. Os quatro dedos de ambas as mãos haviam sido unidos de qualquer forma, os seus pés haviam sido fixos de forma a estar permanentemente em bicos, retirando o tendão de Aquiles – e aqueles dedos também tinham sido unidos – e os seus seios e nádegas haviam sido aumentados e mexidos. Tinham-lhe também rapado o cabelo ruivo a máquina zero e feito uma espécie de depilação a laser à cabeça da rapariga para impedir que Tatiana voltasse a ter cabelo. Finalmente, as suas cordas vocais haviam sido inutilizadas para que ela não voltasse a falar. O intuito das principais Enfermeiras do Hospital era deixarem aquela Paciente capaz de dar prazer ao maior número possível de homens.
Escusado será dizer que, mentalmente, Tatiana era um autêntico farrapo. Depois de incontáveis semanas a ser violada indiscriminadamente por homens e mulheres em grupos, juntando as operações que a haviam reduzido à condição de uma mera boneca insuflável, tudo isso havia feito com que a autoestima daquela rapariga pura e simplesmente desaparecesse. Ela limitava-se a existir, já não se importando com a quantidade de vezes que era abusada sexualmente. A Enfermeira-Chefe N mais de uma vez lhe dissera que o seu único propósito de vida era manter os ânimos de Enfermeiras e Doutores elevados, fazendo tudo o que lhes desse prazer a eles e que, um dia que ela se tornasse demasiado velha para cumprir essa missão, seria “abatida como se faz aos cães nos veterinários”. Sem qualquer opção nem futuro fora dali, Tatiana limitou-se a deixar que o seu corpo fosse usado para o prazer alheio.
Depois da última operação, Tatiana havia sido enfiada dentro de roupas apertadas de látex: ela vestia uma espécie de catsuit vermelho de mangas compridas e sem abertura para as mãos, tendo ao invés presilhas para prender às costas, como um colete-de-forças, e que não tinha pernas completas, terminando nuns calções com um buraco entre as pernas onde havia sido colocado um saco colector de urina para que a rapariga não tivesse de mijar no chão. Tanto a cabeça como as pernas haviam sido cobertas, respectivamente, por um hood e meias transparentes. E, à frente da boca, uma espécie de vagina de borracha havia sido presa por intermédio de correias à volta da cabeça.
Um dia, Tatiana foi visitada pela Enfermeira L, a responsável pelo “processo de conversão da Paciente 781 para boneca de sexo”. Loira e de corpo firme, aquela mulher que envergava farda preta era um pouco menos impiedosa que muitas das Enfermeiras daquele Hospital – todavia, tinha partido dela a ideia daquela conversão, ela que era fã de transformações.
- Boa tarde, Paciente 781! Dormiste bem?
Tatiana assentiu.
- Ainda bem. Hoje vou tirar-te esse catsuit e ver se a operação resultou.
A rapariga assentiu e deixou que a Enfermeira L lhe retirasse as correias de cabedal que a prendiam à cadeira. Depois disso, a Enfermeira fez Tatiana ajoelhar-se no chão e começou a desprender os braços dela, acabando por abrir o fecho que aquele fato tinha nas costas, puxando-o para a frente e fazendo com que Tatiana saísse de dentro dele. Os seios e nádegas da rapariga estavam ainda envolvidos por pensos, que a Enfermeira L começou a tirar com delicadeza. Assim que acabou, a sua boca abriu-se num sorriso.
- Magnífico… magnífico! Agora só falta ver se funcionam… – declarou a Enfermeira L, irradiando felicidade.
Tatiana baixou o olhar, focando-se nos seus seios, e ficou chocada ao ver que os mamilos lhe haviam sido retirados! No lugar de cada um estava uma espécie de vulva, idêntica à que qualquer mulher possui, com clitóris, lábios vaginais e tudo o mais. Nas nádegas ela não conseguia ver, pois ali não havia espelho nenhum; todavia, ela acreditava que teria uma vulva em cada uma também.
- Tenho de chamar a Enfermeira-Chefe para ver isto. – e, dito isto, a Enfermeira L saiu porta fora.
A rapariga ficou em pânico a olhar para o seu corpo, pensando em como eles a tinham ainda mais transformado numa anormal. Que mente doentia é que pensa em colocar ratas nas mamas e nas nádegas de alguém?! Naquele momento, os seus olhos marejaram-se de lágrimas e amaldiçoou ainda mais uma vez aquelas pessoas doentias que a haviam capturado e mutilado apenas com o objectivo de causar prazer alheio…
Ela voltou a ouvir passos a aproximarem-se e logo a seguir entraram a Enfermeira L e a Enfermeira-Chefe N. A chefe daquele complexo estava totalmente coberta de látex dos pés à cabeça com um catsuit transparente e trazia umas botas de salto alto também translúcidas pelo joelho.
- Ena… olá, Paciente 781! Deixa-Me dizer-te que estás magnífica! – cumprimentou-a a Enfermeira-Chefe N – Tenho de felicitar a Enfermeira L por ter conseguido fazer de ti uma autêntica boneca!
Tatiana encarou-a com um olhar carregado de ódio.
- Diz-me uma coisa. – continuou ela, encarando a sua subordinada – As novas vulvas são funcionais? Fazem a Paciente sentir alguma coisa?
- As novas vaginas peitorais em princípio terão um funcionamento semelhante às normais, visto estarem ligadas aos nervos que dantes estavam ligados aos mamilos. Quanto às traseiras… não sei. Nós fizemos uma espécie de “puxada” dos nervos que ligam à vulva dela, mas honestamente não tenho qualquer ideia sobre o seu resultado.
- Compreendo. Diria que a melhor forma de verificarmos isso é com testes, não te parece?
- Precisamente o meu pensamento, Enfermeira-Chefe.
Então, a Enfermeira-Chefe N dirigiu-se a uma secretária na outra ponta do quarto, onde estava um intercomunicador; premiu um botão, esperou uns segundos e falou:
- Doutores S, T, B, R, PP, L e H, por favor dirijam-se ao quarto 315.
Largou o botão e regressou para perto de Tatiana, cujo olhar de ódio se havia transfigurado numa careta de terror.
- Segundo percebi, este ainda não é o resultado final pretendido por ti? – continuou a Enfermeira-Chefe.
- Não, não. Faltam ainda duas “vaginas”, se bem que essas serão conversão de orifícios existentes. A minha ideia é transformar tanto a boca como o ânus em vaginas em tudo semelhantes às que ela tem agora. É um trabalho mais oneroso e implica que o maxilar inferior terá de ser totalmente reformulado e possivelmente fixo, arrancando à Paciente os dentes todos, visto ela deixar de ter uso para eles (a alimentação passará a ser feita via intravenosa).
À medida que ouvia aquelas palavras, Tatiana sentia-se mais enjoada. Não contentes com o que já haviam feito, aquelas facínoras queriam mutilá-la ainda mais! Mas os seus pensamentos foram interrompidos com a entrada dos Doutores chamados pela Enfermeira-Chefe N. Eram sete homens de bom corpo e vestiam unicamente uma bata branca e umas botas pretas tipo tropa.
- Chamou-nos, Enfermeira-Chefe? – interrogou o Doutor T, o primeiro a entrar.
- Sim. Preciso que experimentem a Paciente 781. Ela sofreu recentemente uma operação que a fez receber mais vaginas e precisamos de confirmar se as mesmas estão a funcionar bem. E, já que cá temos sete Doutores, podem usar também os seus restantes buracos…
Eles riram-se e abriram as batas, ficando nus em frente de Tatiana. Ela fechou os olhos, tentando abstrair-se do que estava para acontecer, e não reagiu quando algo duro se enfiou no buraco do seu seio esquerdo, com outro pénis a penetrá-la na vulva do outro peito. Simultaneamente, ela sentiu três órgãos a enfiarem-se nela, uma no cu e duas nas vulvas recentemente abertas nas suas nádegas. Para finalizar, a sua boca foi invadida por outra pila (com duas mãos a agarrarem-lhe com força na cabeça) e a sua vulva original também foi penetrada.
Todos os Doutores começaram a gemer à medida que iam penetrando aquela rapariga, gabando os seus novos orifícios e insultando a Paciente, enquanto Tatiana tentava alhear-se do que lhe estava a acontecer. Se ela até então já havia sido tratada como uma coisa, o futuro reservava-lhe uma objectificação ainda mais intensiva…
À medida que os Doutores iam atingindo os seus orgasmos, iam saindo de dentro de Tatiana, deixando-a a pingar sémen das vulvas, uma vez que, basicamente, aqueles novos “órgãos sexuais” eram simples buracos abertos nos seios e nas nádegas da rapariga. E, como a Enfermeira L havia comentado, ela sentiu algum prazer naquelas novas vaginas, sinal de que as operações haviam sido bem sucedidas – todavia, esse prazer não foi suficiente para fazer Tatiana sentir-se bem ou esquecer-se que ela havia sido transformada numa aberração.
Assim que o último Doutor se veio, Tatiana foi atirada para o chão, continuando a escorrer sémen das novas vulvas. Ela ficou imóvel, tentando não dar parte de fraca e desatar a chorar. Enquanto isso, os Doutores riram-se.
- E que tal, Doutores? Qual a vossa opinião? – interrogou-os a Enfermeira-Chefe N.
- Uma maravilha. Esta rata nova dela é apertadinha, sabe deliciosamente! Pena é ser menos funda que uma normal, mas não é nada por demais. – comentou o Doutor H, voltando a vestir a sua bata.
- Pois, foi o que achei. – acrescentou o Doutor PP.
- Está perfeita para mim, boa para uma espanholada enquanto lhe fodem as mamas! – riu-se o Doutor T.
- Ou para lhe ir ao cu… – sorriu o Doutor R.
- Perfeito! – declarou a Enfermeira-Chefe – Estão dispensados.
Os Doutores retiraram-se, com sorrisos no rosto, enquanto a Enfermeira L sorria também e agachava-se à beira de Tatiana, passando-lhe a mão pela cabeça envolta em látex.
- Portaste-te lindamente, Paciente 781. Neste momento sinto-me orgulhosa de ti e dos teus resultados. Dentro em breve, serás a Mulher-Vulva, quando tiveres uma cona na boca e outra no cu… já pensaste nisso? Vais ter sete ratas no teu corpo! Vais deixar de sofrer quando te quiserem enrabar! Claro que teremos de arranjar uma forma de libertares os teus excrementos, mas isso são questões secundárias, não te parece?
Ela desviou o olhar assim que a Enfermeira-Chefe se aproximou dela.
- Bravo, Enfermeira, diria que estás no bom caminho! Tens luz verde para a segunda fase do teu projecto.
- Óptimo! Obrigado, Enfermeira-Chefe! – o rosto da Enfermeira iluminou-se.
- Posso só fazer uma recomendação? – acrescentou a Enfermeira-Chefe N – Acho que seria de bom tom termos a Paciente 781 a conseguir satisfazer um número de utentes com dois algarismos… talvez encontrar outro sítio para se construir uma vulva?
- Parece-me um desafio, Enfermeira-Chefe… mas vamos ver, acho que, neste momento, tudo é possível.
Ambas as mulheres riram-se, para depois agarrarem em Tatiana e levarem-na para a cama, onde a prenderam de mãos e pernas abertas. Depois saíram do quarto, enquanto Tatiana, finalmente só, recomeçava a chorar e a pedir a todos os santos por uma forma de se libertar daquele suplício.

1 comentário:

  1. Diferente... Bem escrito como sempre... Deixa sempre o sabor de QUERO MAIS. Beijinhos

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