quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma rapidinha oral

(história anterior)

Por incrível que pareça, a sessão de tortura que Carlos me havia infligido havia-nos aproximado ainda mais. Carlos agora estava ainda mais carinhoso comigo que dantes, arranjando pretextos no clube para vir ter comigo e dar-me um beijo ou oferecer-me uma flor; e muitas noites deitávamo-nos no sofá a ver filmes no leitor de DVD, comigo nos braços dele, apenas envergando a parafernália de castidade e sentindo as suas mãos no meu corpo. Sentia que aquele carinho todo da parte dele não era uma compensação pelo que ele me havia feito (ou feito fazer), mas antes uma forma de me fazer sentir segura e protegida, de sentir que podia contar com ele. Apesar de o cinto de castidade ser uma ligeira machadada nessa teoria, admito… e de a falta de sexo me ter começado a afectar após algum tempo.


Uma noite, quase umas três semanas depois de ter começado aquele período de abstinência (“protecção contra possíveis abusos de Andreia”, fora o que dissera Carlos quando me colocara o cinto de castidade), já estávamos na cama, depois de um dia passado em casa na brincadeira com o nosso filho. Naquele momento, ele acabava de me colocar a ballgag azul, depois de me ter prendido os pulsos atrás das costas e apertado os tornozelos juntos. Não sabia o que tinha ele planeado, pois o meu marido muitas vezes prendia-me assim e depois acabava por se deixar dormir agarradinho a mim, comigo a suspirar por ele me tirar da minha prisão e me comer à bruta e sem piedade. E, naquela noite, parecia que ia acontecer o mesmo, pois após ter-me prendido, o meu marido apagou a luz do quarto e deitou-se comigo, abraçando-me por trás, fazendo “conchinha” comigo. Carlos normalmente costuma dormir de pijama de Verão todo o ano, mesmo nas noites mais frias, por isso sobressaltei-me quando senti algo quente ser-me metido entre as pernas.
- Olá, amor. – ouvi-o sussurrar-me ao ouvido.
Gemi, sentindo algo acordar dentro de mim. Desejei que naquela noite ele me matasse a “fome”…
- Tinhas saudades deste toque, meu amor? – continuou ele, enquanto se ia mexendo entre as minhas pernas, usando-as como se se estivesse a masturbar.
Assenti nervosamente, tremendo de desejo. Queria mais que tudo tê-lo dentro de mim!
- Estás esfomeada, amor?
Voltei a assentir vigorosamente. Os seus quadris batiam-me nas nádegas, como se me estivesse a penetrar.
Então ele virou-me de barriga para cima e ajoelhou-se sobre o meu peito, comigo entre as suas pernas … e com a minha cara na mira do seu órgão, que já estava erecto e duro. Como ansiava não estar amordaçada para lho poder abocanhar…
- Talvez te console hoje um bocadinho, minha jóia…
Dito isto, continuou a masturbar-se encostado à minha cara; eu gemia incessantemente, tentando fazer-lhe ver que eu desejava que ele me desamordaçasse e me metesse a pila na boca para eu lha chupar! Mas ele não acedeu às minhas abafadas súplicas – ou não as entendeu. Uma ou outra vez, ele roçou-me a pila pela cara, esfregando-ma pela face.
- Gostavas, não gostavas?
Continuei a assentir. Raios, porque me fazia ele aquilo? Naquele momento eu dava tudo para que ele me tirasse o cinto de castidade e me montasse até eu ganhar um andar novo…
- Se calhar vou-te esporrar essa carinha de anjo. Que dizes?
Daquela vez, abanei a cabeça. Eu implorava mentalmente ao meu marido para me tirar a bola da boca…
- Não? Ohhhh… – Carlos pareceu ficar desapontado – Então onde queres que me venha, hein?
Mesmo amordaçada, tentei articular a palavra “boca” o melhor que pude; ele riu-se e deu-me com a pila na cara.
- Queres que me venha dentro de ti? É isso que queres, paixão?
Assenti vigorosamente, o mais que pude. Eu tinha tantas saudades de sentir o seu leitinho dentro de mim! Ele riu-se com gosto.
- Sabes a tua sorte, Ana Isabel? É eu ser um coração mole… – declarou ele, enquanto as suas mãos me levantavam a cabeça e me começavam a desapertar a mordaça.
Assim que os meus lábios ficaram desimpedidos, comecei logo a implorar:
- Por favor, meu amor… mete-ma na boca, deixa-ma beijar, preciso tanto de te ter em mim, dentro de mim, preciso tanto de te chupar, da tua esporra, do teu leite…
Carlos não me largou a cabeça; ao invés, ele agarrou-me no cabelo e fez com que o seu órgão teso me entrasse na boca, silenciando as minhas súplicas. Sempre sob o seu controlo, fui engolindo aquela pila, chupando-a até ao máximo que o meu pescoço permitia. Eu queria que ele me fizesse engasgar, queria que o seu órgão me tocasse na garganta…
Carlos forçou-me a cabeça para trás com lentidão, saindo de dentro de mim. Pude ver um fiozinho de saliva que ligava a sua cabecinha aos meus lábios. Os seus olhos cravaram-se no meu rosto e ele sorriu.
- Tu tens aquela carinha de cachorrinho abandonado, de quem está desesperada por algo mais…
- Amor… não me faças isto… – supliquei – Dá-me…
Mas Carlos não me deixou continuar, voltando a silenciar-me como dantes, fazendo-me abocanhar a sua pila encharcada pela minha saliva. Sempre agarrando-me na cabeça, ele foi penetrando a minha boca como se me estivesse a montar a ratinha, sem parar nem abrandar o vigor.
Pouco depois, o meu marido começou a grunhir e, simultaneamente, e para meu enorme deleite, a minha boca começou a encher-se do seu sémen maravilhoso.
- Ah, foda-se… puta…
Eu sentia-me radiante por sentir na boca o orgasmo de Carlos e de poder saborear o seu resultado, que fui engolindo com sofreguidão como se aquele fosse um néctar dos deuses. Carlos voltou a tirar-me a pila da boca e, já nos instantes finais do seu orgasmo, foi-me passando a sua cabecinha pela minha cara, fazendo com que gotículas de esperma me fossem caindo na cara. Fechei os olhos, agradecida. E fiquei a suspirar para que o seu próximo passo fosse tirar-me o cinto de castidade e comer-me a rata…
Quando se acalmou, o meu marido deitou-se sobre o meu corpo e encostou a sua testa à minha, tocando-me na face com as pontas dos dedos. Mesmo com os meus lábios sujos de sémen, ele não hesitou em beijar-me, em enrolar a sua língua na minha, em trocar um longo linguado comigo. Naquele momento, senti-me… nem sei como. Acho que não preciso ser penetrada para me sentir nas nuvens. E, naquele instante, eu subi bastante alto.
O momento quebrou-se assim que os nossos lábios se separaram. Abri os olhos (nem me dera conta de os fechar) e vi Carlos olhando para mim com um sorriso triste.
- Amor… por favor, comes-me? Muito por favor? – perguntei.
A sua resposta foi pegar na ballgag que estava à roda do pescoço, à laia de colar, e colocar-ma na boca, ajustando as correias atrás da cabeça mais uma vez. Arregalei os olhos na sua direcção, inquisitivamente, quando ele saiu de cima de mim e se deitou a meu lado.
- Hoje não, princesa. Vamos esperar mais uns dez dias, até fazer um mês, e depois disso tratamos de te dar um amasso, pode ser?
Abanei a cabeça. Eu não queria esperar dez dias, queria ser comida naquele momento!
- Ana… não. – e com isto ele abraçou-me e beijou-me a gag, passando a ponta da língua pelos meus lábios – Já te disse que quero perceber-te, controlar-te, esses teus “frenesins afrodisíacos”… por isso, aguentas, pode ser, amor? Já te disse, prometo-te que te compenso na altura que saíres daí – e que já seja seguro.
Naquela altura senti os olhos debruarem-se com lágrimas. Queria tanto que ele entrasse na minha ratinha ou no meu cuzinho… e isso estava tão longe de acontecer. Tudo por causa de uma camada de metal que me cobria as partes baixas…
Engoli um soluço, fechei os olhos e pousei a cabeça no ombro de Carlos, enquanto o sentia adormecer, tentando fazer o mesmo.

(história seguinte)

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