quarta-feira, 22 de abril de 2015

Uma rapidinha oral

(história anterior)

Por incrível que pareça, a sessão de tortura que Carlos me havia infligido havia-nos aproximado ainda mais. Carlos agora estava ainda mais carinhoso comigo que dantes, arranjando pretextos no clube para vir ter comigo e dar-me um beijo ou oferecer-me uma flor; e muitas noites deitávamo-nos no sofá a ver filmes no leitor de DVD, comigo nos braços dele, apenas envergando a parafernália de castidade e sentindo as suas mãos no meu corpo. Sentia que aquele carinho todo da parte dele não era uma compensação pelo que ele me havia feito (ou feito fazer), mas antes uma forma de me fazer sentir segura e protegida, de sentir que podia contar com ele. Apesar de o cinto de castidade ser uma ligeira machadada nessa teoria, admito… e de a falta de sexo me ter começado a afectar após algum tempo.

terça-feira, 7 de abril de 2015

À beira da piscina

 (história anterior)

Paula foi andando pela borda da piscina, bamboleando as ancas desde que saíra do interior da casa onde estivera a mudar de roupa, e parou ao chegar à zona dos chapéus-de-sol e das espreguiçadeiras. Trazia um sorriso aberto nos lábios; na cabeça, um chapéu de palha, e no corpo um biquíni azul extremamente diminuto. O seu longo cabelo negro estava enrolado numa longa trança, que balançava após cada passo seu.
- Então, Mónica, que tal está a água? – perguntou, ao sentar-se numa delas.
Marco olhou para a namorada, com um sorriso tímido.
- Está óptima, Amor. – respondeu, de voz aguda.