segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Emprestado

 (história anterior)

A minha Dona tem uma Amiga. Uma amiga especial, que sempre A tem apoiado nos momentos difíceis. A Amiga não é muito dada a BDSM, só a umas brincadeiras light: a sua onda não é essa. Mas isso não significa que não goste de se divertir, conseguindo até vestir-se de forma bastante provocante e dando beijos a homens e mulheres. Apesar disso, ela tem uma relação estável (depois de ter saído de um relacionamento volátil que a desgastou). No seu aniversário, como prenda de anos, a minha Dona decidiu “emprestar-me” à Sua Amiga para lhe fazer uma massagem aos pés – algo que ela adora – mesmo sendo Ela tremendamente ciumenta e odiando a ideia de ver outras pessoas comigo… o que me colocou sob enorme pressão: se a minha Dona confiava nela o suficiente para me ceder durante algum tempo (mesmo sob a Sua supervisão), era sinal que aquela pessoa era extremamente importante para Ela. Por isso, eu tinha de fazer um trabalho bem feito.


Quando a Amiga chegou à casa onde eu e a minha Dona passamos os nossos fins-de-semana, a minha Dona conduziu-a logo para o nosso quarto, onde eu me encontrava, de joelhos, com uma bacia de água e sabonete líquido a meu lado. Segundo as Suas instruções, tinha uma peruca loira na cabeça, luvas de imitação de cabedal pretas nos braços, uma blusa larga verde-turquesa e uma mini-saia a condizer, por baixo bodystockings pretas com desenhos a cobrirem-me grande parte do corpo e, nos pés, as minhas botas de salto alto cinzentas, pelo meio da perna. Como de costume, Ela havia-me colocado o plug do costume e, apenas para esta vez, havia-me colocado um cinto de castidade, “para não ter ideias tristes”. Assim que me viu, a Amiga soltou um gritinho de surpresa: ela nunca me vira vestido com roupas femininas.
- Ena! Estás muito giro! – comentou ela, recompondo-se imediatamente.
- “Gira”! – corrigiu logo a minha Dona.
- Sim, isso. Muito gira, sim senhora!
- Obrigado, senhora. – sussurrei, não ousando levantar os olhos.
Quando o fiz, reparei que ambas estavam vestidas de forma casual, com a minha Dona a vestir uma t-shirt preta e uma saia de ganga e calçando uns chinelos de enfiar no dedo; a Amiga estava de t-shirt azul, jeans e ténis. Trazia uma mochila que logo colocou ao lado da cama. Claro que, se eu pudesse escolher, ambas estariam vestidas de cabedal ou látex e, obviamente, calçando botas semelhantes às minhas.
- Bom… então como é? – perguntou ela, sentando-se na cama – Como é que isto funciona?
- É simples: pões-te a jeito e deixas a puta começar a trabalhar. Se ela demorar muito ou não quiser ser muito competente… chegas-lhe a roupa ao pêlo. – respondeu a minha Dona, despindo a blusa e a saia e colocando-Se à vontade em cima da cama, na outra ponta.
Não esperei por mais nada: rastejando, fui avançando até aos seus pés, desatando os atacadores dos ténis e tirando-lhos, reparando nos seus pés bem cuidados e de unhas pintadas de preto – a mesma cor que a minha Dona gostava.
Coloquei a bacia com água tépida à minha frente e mergulhei nela o seu pé esquerdo. Retirei as minhas luvas, desnudando as minhas mãos algo enfeminadas (pelo que diziam, “de dedos bons para andar de unhas pintadas”) e comecei a passar sabonete líquido pela pele do seu pé e tornozelo, esfregando gentilmente, passando os dedos por entre os seus dedos dos pés, até o mesmo ficar coberto de espuma esbranquiçada. Logo de seguida, voltei a mergulhá-lo na água, para retirar a espuma. Olhei para cima de relance e vi-a de olhos fechados, como se estivesse abstraída. Assim que o passei por uma toalha, cheirei o seu pé: estava óptimo – pelo meu ponto de vista, claro. Depois, repeti a operação para o seu pé direito.
Quando tive os dois pés lavados, afastei a bacia dali e aproximei a minha cara novamente dos seus pés, começando a beijar-lhe o peito dos pés e a lambé-los, passando a ponta da língua pelo espaço entre os seus dedos – e pareceu-me ouvi-la suspirar. Comecei a meter, um a um, os seus dedos na boca, chupando-os e lambendo-os, cobrindo-os com a minha saliva. Depois agarrei no seu pé com as minhas mãos e comecei a passar-lhe os polegares pela planta do pé, tentando fazer-lhe uma massagem melhor que alguma vez eu fizera, tentando agradar à Amiga da minha Dona – e, por conseguinte, à minha Dona. Rocei a cara pelo seu peito do pé enquando fazia a massagem, tentando transmitir-lhe alguma paz de espírito, passando-lhe os polegares desde o calcanhar até aos dedos e vice-versa. Quando achei que chegava, levantei o seu pé e comecei a lamber-lhe a zona que havia massajado. Tive algum medo de ela ter cócegas e me pregar alguma patada assim que a ponta da minha língua lhe tocou na área sensível, mas, aparentemente, ela não as teria.
A Amiga suspirou – sinal de que algo teria feito bem (a não ser que fosse de tédio) – e continuou a suspirar quando passei para o outro pé e voltei a repetir tudo o que fizera naquele pé. E nem por um momento voltei a levantar os olhos para ver como estavam ambas as Mulheres.
Devemos ter estado naquilo perto de uma hora; quando dei a sessão por terminada, pousei-lhe os pés no chão com delicadeza.
- Está terminado, senhora. – disse, num murmúrio.
Por momentos, ninguém disse nada; logo depois, os pés da Amiga levantaram-se e pousaram-me no ombro.
- Hmm, nada mau. – respondeu ela – Mas teres-me metido os pés no chão depois é que não foi grande ideia!
- Mil perdões, senhora. – desculpei-me, enquanto voltava a calçar as luvas.
- E que tal achaste as mãos da Minha puta? – sorriu a minha Dona.
- Hah, não foi mau, deu para relaxar… mas “ela” ainda tem muito a melhorar.
- Sim, sem dúvida, tenho de a exercitar mais vezes e ver se a domestico nesse capítulo. Agora vem até Mim, puta.
Pegando nos pés da Amiga e colocando-lhos em cima da cama, fui avançando de gatas até à minha Dona, que estava deitada unicamente com umas cuecas – de referir que a nossa cama é apenas um colchão assente no chão. Ela manejou-me até ficar entre elas duas, de barriga para cima e pernas abertas.
- E agora, que queres fazer? – perguntou Ela à sua Amiga.
- Devíamos dar-lhe um pagamento qualquer, não achas?
A Sua mão tocou-me no plug e mexeu-me levemente nele, fazendo-me gemer.
- Sabes, ela gosta muito que lhe mexam no cu, gosta de ser comida como uma puta. Mas não acho que já tenha trabalhado o suficiente para ter isso!
- Olha, sabes que mais? Eu também não! – acrescentou a Amiga.
- Vá, puta, de barriga para baixo sobre os Meus joelhos. – comandou-me Ela.
Engolindo em seco, fiz como Ela me disse. Pelo canto do olho vi que Ela tinha agarrado num dos Seus chinelos.
- Como sabes, Eu sou praticante da doutrina do Pau e da Cenoura. Se te portares bem, tens a cenoura; mas quando falhas, levas com o pau. E, neste momento, precisas de um pouco de pau. – enquanto ia falando, senti a minha saia a ser levantada e o Seu chinelo a ser-me esfregado na nádega.
Então senti a primeira chinelada, com outra a seguir e mais outra. Imediatamente cerrei os dentes e procurei resistir ao máximo sem gemer – mas o pior foi quando senti que a Amiga também me estava a bater com o outro chinelo na minha outra nádega!
- Espero que não te importes se a tua punição te for dada em duplicado, puta. – declarou Ela, continuando a dar-me chineladas.
Como resposta, ouvi uma gargalhada da Amiga. E, apesar da notória falta de experiência, as suas chineladas também doíam como tudo! De vez em quando, sentia um toque no plug, como se alguém me estivesse a tentar distrair.
Tão bruscamente como haviam começado, as chineladas pararam. Senti uma mão a acariciar-me as nádegas, suavemente.
-Volta para o teu lugar. – ouvi-A dizer-me; obedeci, voltando a deitar-me de barriga para cima. Quando o fiz, reparei que a Amiga também se havia despido, estando com uma tanga roxa a cobrir-lhe o baixo-ventre.
- Bom, se calhar começávamo-nos a vestir, não? – declarou a minha Dona – Daqui a nada são horas do jantar…
- Ah pois, aquilo está marcado para as 20h30, não é?
O jantar de aniversário da amiga estava marcado para um clube muito alternativo que ambas frequentavam, onde as cross-dressers tinham um lugar especial. Depois do jantar, havia sempre espectáculo que envolvia strip-tease e actuações.
- Sim, é isso. Vais com a roupa que trouxeste ou tens outra?
- Achas? Tenho uma na mochila. – riu-se a Amiga.
- A puta é que nos podia ajudar a vestir!
- Sim, Senhora. – assenti, levantando-me logo (com jeito, porque o plug mexeu-se) e dirigi-me ao armário das Suas roupas.
Antes de mais, fui buscar um par de collants escuros, com desenhos; calcei-as nos Seus pés e depois fui puxando para cima, fazendo por estarem impecavelmente vestidas, sem ficarem torcidas. Depois foi a vez da saia preta, de imitação de cabedal e pelo joelho, e, para finalizar, o Seu corpete preto e vermelho. Nos pés, e contrariando o meu gosto pessoal, Ela optou por calçar uns sapatos de salto alto pretos – mas antes de os calçar, pude beijar os Seus pés através do nylon.
- Pronto, – declarou Ela após A ter calçado – agora enquanto Eu Me maquilho, ajuda-la a vestir, sim?
- Sim, Senhora. – aquiesci.
A Amiga já havia colocado a roupa em cima da cama e estava deitada de barriga para cima, à espera. Tentei não olhar muito para a sua figura desnuda enquanto pegava num par de meias pretas e me ajoelhei novamente aos seus pés, para lhas calçar. Assim que as meias ficaram prontas, também lhe beijei os pés.
- Isso é bom… – murmurou ela – Mas toca a despachar!
A minha mão enluvada agarrou numas leggings pretas. Enfiei-lhe uma perna, depois outra, e puxei-as o máximo que consegui – mas houve uma altura que teve de ser ela a fazê-lo, uma vez que eu não chegava lá… A seguir tinha um vestido preto e algo transparente. A Amiga levantou-se, ficando sentada na cama, enquanto eu lhe vestia aquela peça de roupa que, ao mesmo tempo, cobria e revelava os seus atributos… Depois ela voltou-se a deitar e colocou-me os pés nos ombros; olhei para o chão e reparei que estavam lá umas botas semelhantes às minhas. Sorri, peguei numa delas, baixei-lhe o fecho e lutei para lhe colocar o pé dentro dela, conseguindo-o depois de algum tempo, faltando depois apenas ajeitar o cano da bota e puxar o fecho para cima. Assim que aquela ficou pronta, passei ao outro pé e à outra bota, que consegui calçar em menos tempo.
Assim que acabei as botas, a Amiga levantou-se, e só então reparei que a minha Dona já estava a ver-me.
- Vou-me pintar, já venho. – disse a Amiga.
Quando ficámos sozinhos, a minha Dona aproximou-Se de mim. Ela fez-me um gesto para me deitar de barriga para cima na cama, e eu obedeci, com Ela a ir ao armário buscar qualquer coisa que colocou ao lado da cama e a sentar-Se depois a meu lado.
- Muito bem, portaste-te bem, dentro dos possíveis. Apesar de os teus dotes de massagista não serem ainda os melhores, até nem te desembaraçaste mal e até nos vestiste sem grandes problemas. Assim… – as Suas mãos agarraram-me no cinto de castidade e retiraram-mo, para meu grande alívio. Depois, foi a vez do plug me ser retirado, lentamente – E agora, puta, o que vamos fazer a isto? – continuou, batendo-me no ânus ao de leve.
- Ahh, não sei, Senhora… gos-gostava de…
- Sim? Gostavas de?
- Gostava de ser comida, Senhora… – sussurrei, sentindo-me corar.
Ela riu-Se.
- Claro que gostavas, todas as putas gostam. Até aposto que gostavas de teres duas Mulheres a comerem-te, não?
Engoli em seco perante aquela frase.
- Sim… gostava…
A minha Dona não disse nada, mas ouvi-A a mexer em coisas e a abrir um boião; no momento seguinte, os Seus dedos espalhavam-me vaselina pelo ânus, comigo a abrir as pernas ao máximo e a fechar os olhos.
- Saíste-me cá uma puta… – disse Ela, empurrando o vibrador que tinha na mão até me entrar quase todo no cu, ligando-mo posteriormente.
Assim que aquela coisa começou a tremer dentro de mim, mordi os lábios para não gemer, e quando Ela mo foi retirando lentamente e enfiando-mo novamente, mal consegui reprimir um gritinho. Abri os olhos e quase me assustei ao ver a Amiga a olhar para nós, bastante perto de mim.
- Abre a boquinha, jeitosa. – disse ela; só quando obedeci é que vi o dildo que ela tinha na mão, que me enfiou na boca até quase o sentir na garganta. Era como se estivesse a fazer um broche àquele falo artificial, com a diferença de o mesmo estar na mão de uma Mulher.
Tenho uma “pila” na boca e “outra” no cu, imediatamente as minhas mãos se aproximaram da minha, que já estava bem erecta. A minha mão direita agarrou logo nela e começou a masturbar-me, enquanto a esquerda ia-se esfregando pelo meu corpo, debaixo da saia, da blusa. Ao mesmo tempo, a mão livre da minha Dona ia-me tocando nos testículos, acariciando-mos, enquanto a da Amiga me ia torcendo os mamilos.
- Goza a tua cenoura, puta. – ouvi a voz da minha Dona.
Apercebi-me da minha saia ser-me levantada e de uns lenços serem colocados por cima da mesma, mas, na altura, estava mais concentrado em masturbar-me, em sentir os efeitos daquelas duas pilas artificiais a penetrarem-me como se não houvesse amanhã. Estava possuído… ou possuída?
Inevitavelmente seguiu-se um orgasmo, com muitos gemidos de prazer à mistura. Aquela sensação de júbilo ao atingir o clímax foi absolutamente inenarrável, o deleite sentido foi imenso – talvez a única forma de poder sentir-me ainda mais satisfeito era se aqueles dildos estivessem presos à cintura de ambas as mulheres e ambas me montassem e devorassem…
Assim que o meu orgasmo cessou, a minha Dona ajudou-me a limpar, para depois me dar um beijo nos lábios, doce e prolongado. Enquanto isso, a Amiga acariciou-me a face, com um sorriso.
- Vá, agora chega de pieguices, estamo-nos a atrasar. – disse a minha Dona – E nós já estamos despachadas, portanto… ou apressas-te ou ficas em terra! – concluiu, com uma gargalhada.
E, com o tempo a avançar inexoravelmente, lá tive de me despir e também eu preparar-me para o aniversário da Amiga.

(história seguinte)

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