quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O casamento (parte 2)


É estranho, mas a chegada da manhã fez-me entrar num estado tal que não me recordo dos detalhes de preparação do casamento, o vestir o vestido, o arranjar o cabelo, a maquilhagem… Era como se estivesse sob o efeito de qualquer substância, silenciosa, cooperativa ao máximo, quase como uma marioneta…
Acho que “acordei” apenas quando o fotógrafo saiu do quarto. Dei por mim a pensar “está quase… só mais um par de horas” e sentei-me na cama, tentando acalmar-me, enquanto sentia o coração a bater que nem doido.


Nisto, uma ideia atravessou-me a mente. Fui à minha mala e tirei de lá algo que lá tinha guardado. Já teria eu esta ideia quando saímos de Almada? Estaria eu também a pensar fazer uma surpresa a Márcia? Levantei o meu vestido e baixei as minhas cuecas; depois, meti aquilo na boca e chupei umas quantas vezes para humedecê-lo e lubrificá-lo, para depois enfiar no meu rabo o plug azul que Márcia me havia oferecido nos primeiros meses após termos ido viver juntas, tentando não me excitar… Quando aquele brinquedo entrou todo dentro de mim, larguei um suspiro enorme, pensando em como a Márcia iria adorar ver o que eu havia feito. Se não gostasse, bom… adoraria que ela me punisse.
Voltei a subir as cuecas e aprontei o meu vestido ao ouvir Babás bater à porta e a dizer-me que estava na hora. Sorri, para depois sair do quarto.

Chegámos ao local da cerimónia, um restaurante ao pé de Fernão Ferro, quase dez minutos depois do meio-dia, a hora marcada para o casamento. Regressei àquele estado de antes, pensando unicamente “Vou ver a Márcia”, “Vou-me casar com a Márcia”. Olhei para o sítio onde ia ser o casamento, uma área com cadeiras por debaixo de um toldo, no jardim do restaurante, onde já estava muita gente. A minha família saiu dos carros, dirigiu-se ao local e foi-se sentando nos seus lugares, enquanto eu e Babás ficámos para trás, com ele a agarrar-me na mão enluvada.
- Estás pronta para isto, Andrea?
- Tenho estado pronta toda a semana, Babás. – sorri, enquanto ele sorria também.
- Minha menina… – ele beijou-me gentilmente numa face, enquanto eu o abraçava. Naquele momento ele pareceu-me tão mais velho…
- Anda daí, pequena, – disse ele, com uma lágrima a escorrer-lhe pela cara abaixo – é tempo de te entregar ao teu amor.
Ao pisarmos o tapete vermelho que conduzia ao local onde Márcia já me aguardava, o hino matrimonial começou a soar, e toda a gente se virou para nos ver. Os meus olhos, escondidos por trás do véu, viram todas as pessoas que ali estavam até se deterem na pessoa que eu queria ver: Márcia.
Ela estava a olhar para mim também, com os seus olhos a brilhar de alegria. Bolas, ela estava deslumbrante! Ela tinha preferido um aspecto mais masculino, com calças cinzentas e um casaco, mas ajustados ao seu corpo torneado. Ela tinha um laço vermelho ao pescoço, que contrastava com a camisa branca. Ela estava tão bonita… Senti uma lágrima a escorrer-me cara abaixo, enquanto eu reprimia a vontade de correr para os seus braços, apertá-la e beijá-la… mas senti o aperto da mão do meu pai no meu braço, dizendo-me para esperar. E assim que chegámos à linha da frente, Babás deixou-me ir, entregando-me ao meu amor, com as nossas mãos a entrelaçarem-se.
Tenho de admitir que não prestei grande atenção à conversa da senhora do Registo Civil que lá estava a tratar da cerimónia da nossa união civil: toda a minha atenção estava presa em Márcia, olhando para os seus lábios, os seus olhos, a sua cara, o seu corpo, ela toda… Acho que esta é a maior tortura de todas: podes ver, mas não podes tocar. Então, Márcia tirou a luva da minha mão esquerda e colocou no meu anelar a aliança que ela tinha tirado do cestinho de alianças, para de seguida eu fazer a mesma coisa. Ouvi-a dizer “Sim” após uma pergunta da senhora, e quando ela olhou para mim, eu quase gritei na afirmativa, o que fez Márcia sorrir ainda mais; quando me pareceu ouvi-la dizer “podem beijar-se”, Márcia levantou o meu véu e eu quase saltei para os seus braços, beijando-a pela primeira vez em cinco dias, sob o aplauso geral, um beijo tão apaixonado, tão cheio de amor, que quase tivemos de ser separadas após quase dois minutos.

Depois do casamento, seguiram-se as habituais fotografias da praxe, o bufete e, claro está, o copo-d’água para as cerca de trinta a quarenta pessoas que havíamos convidado. Depois do repasto, que, como de costume, foi de três pratos, cada um procurou divertir-se da forma que desejava, falando, rindo-se, dançando, comendo um bocado mais, bebendo…
Eu e Márcia optámos por dar um longo passeio pelo jardim do restaurante, não muito longe do sítio onde nos havíamos casado. As nossas mãos estavam unidas havia bastante tempo.
- Tive tantas saudades tuas, amor… – comecei.
- Eu sei, eu… eu também senti a tua falta. Foi difícil aguentar os cinco dias sem te ter a meu lado, sem ouvir a tua respiração, sem sentir o bater do teu coração… – ela levantou a minha mão enluvada e beijou-a.
- Também eu, paixão. – fiz uma pausa, sem saber o que dizer a seguir – Eu…
- Sim, Andi?
- Eu… eu masturbei-me ontem à noite. – baixei a cabeça, sentindo algum embaraço – Enfiei o dedo no meu cu, pensando nas vezes em que me violaste…
- Só ontem à noite? – pareceu-me vê-la levantar uma sobrancelha.
- Uh, sim… – acenei, incerta.
A sua mão agarrou-me pelo antebraço e arrastou-me para um local onde não podíamos ser vistas.
- Sua puta de merda, eu masturbei-me todas as noites, sempre a pensar em ti! Parece que só tiveste saudades minhas uma noite…
- Amor, desculpa…
- De joelhos.
- Porquê? – engoli em seco.
- Já!!
Obedeci-lhe, ajoelhando-me à sua frente, sentindo o plug que tinha no rabo mexer-se e excitar-me; disfarcei o melhor que consegui, enquanto ela abria as suas calças e as baixava, mostrando-me a sua tanga e cinto de ligas encarnados.
- Acho que tenho de ir à casinha… – começou ela. Já podia imaginar o que viria a seguir.
- Márcia, não, por favor, hoje não…
- Cala a boca e abre-a, mas é! Confias em mim? Amas-me? – ela esperou que acenasse – Então faz o que te digo!
Ela baixou a tanga quando eu abri a boca para de seguida me agarrar no queixo, garantindo que eu não me mexia, enquanto eu colocava as mãos atrás das costas, como sempre. Quando o primeiro jacto de urina me acertou na boca, nem estremeci. Ela mijou um pouco, depois disse-me para engolir. Assim que o fiz, ela voltou a aliviar-se novamente, e por aí fora, até se sentir definitivamente satisfeita.
- Limpa-te. Não quero os teus lábios sujos quando beijarem a minha cona.
Solucei mas obedeci, e assim que fiquei pronta, ela forçou-me a beijar-lhe a rata, agarrando-me na cabeça e puxando-a contra o seu baixo-ventre. Comecei a lambê-la assim que pude, tentando satisfazê-la o máximo que podia.
- Consegues fazer melhor que isso, cabra!
Acelerei a minha língua, lambendo-lhe a ratinha de cima a baixo, os seus lábios, penetrando-a com a língua, e ela começou a respirar mais profundamente, sussurrando:
- Ooh, é isso mesmo, linda menina, é assim mesmo que eu gosto, contin… aaaahhh!! – gritou, por fim, enquanto se veio para a minha boca; chupei os seus fluidos, lambendo o seu clitóris e beijando assim que a fonte parou. Márcia sorriu e afagou-me a cabeça, para depois me afastar dela, ajeitar as suas roupas, ajudar-me a levantar e dar-me um beijo, antes de eu poder ter oportunidade de me limpar novamente.
- Já tinha tantas saudades de te provar, meu amor… – disse, sorrindo.
- E eu de sentir a tua boca na minha rata. Gosto tanto de te ter a lamber-me… e também já há muito tempo que não o fazíamos ao ar livre. Gostaste?
- Amor… adoro tudo o que fazes, seja lá o que for.
Ela deu uma gargalhada.
- Eu sei. Anda, vamos lá para dentro, já devem andar doidos à nossa procura.

A tarde deu lugar à noite. Celebrámos o resto do dia, jantámos com os nossos amigos, cortámos o nosso bolo de noivado, bebemos champanhe e, para finalizar a festa, eu atirei o meu bouquet de flores, que foi parar às mãos de Noni, a minha irmã mais nova. Depois, os convidados começaram a ir-se embora, pois já era bastante tarde; os últimos a abalarem foram os meus pais. Depois de um abraço extremamente emocionado a Mamá e a Babás, ficámos ambas sozinhas.
- E então, amor, agora é para onde? – perguntei.
Ela não respondeu enquanto saíamos do restaurante, de mãos dadas, em direcção ao seu carro. Ela abriu-me a porta, deixando-me entrar em primeiro lugar, para de seguida pegar numa tira de seda negra e de me a atar à volta dos olhos.
- O que estás a fazer, Márcia?
- É uma surpresa, querida. – respondeu ela – Não quero que vejas para onde vamos.
Eu adorava sempre que ela me dizia aquilo: não pude deixar de sorrir. Ela entrou no carro, deu à ignição e arrancámos rumo ao desconhecido.
Sei que andámos durante uns dez a quinze minutos, com Márcia a viajar sem grandes pressas. De vez em quando ela pousava a mão na minha perna, e eu colocava as minhas mãos sobre a dela, acariciando-a, entrelaçando os meus dedos nos seus. Até que parámos. Não se ouvia grande coisa em redor.
- Chegámos. – declarou ela.
Depois de desligar o carro, ela saiu, abriu a minha porta e ajudou-me a sair, dando-me a mão. Ela foi-me levando para um local que eu ainda não sabia qual seria, parando de quando em vez para, presumi eu, abrir portas.
Assim que me pareceu entrarmos dentro de uma casa, perguntei-lhe:
- Onde estamos?
- Espera. – respondeu-me, enquanto fechava a porta à chave; de seguida, pegou-me na mão novamente e levou-me para dentro daquela casa, sempre guiando-me para eu não tropeçar ou andar a bater em paredes.
Por fim, ela fez-me parar mais uma vez.
- Pronto, aqui estamos. – disse Márcia, retirando a minha venda. Estávamos numa sala, com uma lareira num dos cantos. Três sofás confortáveis estavam colocados em frente a um LCD grande, não muito longe da lareira, e, na outra ponta da divisão, estava um piano.
- É… é tão acolhedor, amor! – declarei, com um sorriso na cara – Onde estamos?
- Na nossa casa.
- Na nossa… Oh, meu Deus, é maravilhoso! – exclamei, atirando-me para os seus braços – É tão adorável, e… amor, estou sem palavras! – passei pelo piano, tocando numa das teclas – Até temos um piano… – encarei-a – Nem sequer sabia que gostavas de tocar…
- Era um segredo, sabes que não gosto muito de me gabar dos meus dotes. Mas se quiseres posso-te ensinar o pouco que sei. – e então dei-me uma piscadela de olho discreta – E, para além disso, um piano não serve só para tocar…
Ri-me.
- Márcia, qual é a tua ideia?
- Logo vês. Primeiro, vais tirar o teu vestido, que eu já venho. Deixa estar a tua lingerie… quero ver o que tens vestido por debaixo. – e, dando-me mais uma piscadela de olho, virou costas e saiu da sala.
Ainda a sorrir e a pensar em como aquela ruiva era doida, eu comecei a tentar retirar o meu vestido, conseguindo-o depois de alguma luta, para depois o colocar em cima de um dos sofás; depois, sentei-me num doa sofás, esperando pelo regresso de Márcia… e ao sentar-me, o plug voltou a dar sinais de si, fazendo-me sentir algo molhada…
Quando Márcia regressou, levantei-me do sofá, e ela, mal me viu, parou, soltando um “wow…” e me mirava de cima a baixo. De cima, desde o meu soutien branco, quase transparente, passando pelas minhas luvas brancas de seda, o meu corpete branco-pérola, a minha tanga branca também quase transparente (ela quase conseguia ver os meus pêlos púbicos), as ligas do corpete, que mantinham impecáveis as minhas meias de ligas brancas, até aos meus sapatos brancos de salto alto de 10 cm. Girei sobre mim mesma.
- Gostas, minha paixão?
Ela quedou-se sem palavras. E, enquanto ela ficou ali imóvel, reparei nos rolos de cordas que ela segurava nas mãos.
- Estás divinal, meu anjo… – ela aproximou-se de mim, abraçando-me e beijando-me nos lábios. Eu recebi o seu beijo e as minhas mãos cravaram-se nas suas nádegas.
Quando os nossos lábios se separaram, ela agarrou-me nos pulsos com uma mão, enquanto a outra segurava apenas uma corda. Ela começou a amarrar-me os pulsos, não muito apertados mas o suficiente para ainda ter marcas de manhã. Ela levantou-me as mãos para cima com uma mão, enquanto a outra começou a tocar-me no corpo, baixando a minha tanga e deixando a minha ratinha exposta. Os seus dedos tocaram logo no meu clitóris e eu comecei logo a arfar. Eventualmente a sua mão tocou em algo inesperado, pois recuou subitamente, com a sua cara a ostentar uma expressão de confusão. Ela ajoelhou-se e apenas aí reparou no meu plug.
. Amor… quando colocaste o teu plug?
- Esta manhã. – respondi.
Márcia não me disse nada, ficando apenas a olhar para mim, enquanto eu acrescentava:
- Foi uma das tuas primeiras prendas para mim assim que fomos viver juntas… sempre o adorei.
- E conseguiste aguentar todo o dia sem te vires?
- Quando nós… nos divertimos esta tarde no jardim, eu consegui aguentar por pouco, mas sim, querida.
Ela levantou-se e fez-me recuar em direcção ao piano.
- Tu às vezes consegues verdadeiramente surpreender-me… – Márcia sorriu.
Voltando a segurar-me nos braços amarrados, ela fez-me deitar no chão, para de seguida atar os meus tornozelos aos pés do piano. Ela depois tirou-me o soutien, deixando-me de mamas à mostra e de pernas abertas…
- Eu quero que mostres o quanto me aprecias. – declarou ela  – Beija as minhas botas, querida.
Ela sentou-se no banco do piano e colocou-me os saltos das suas botas perto da minha cara: comecei a beijá-los quase imediatamente.
- Limpa-as… é isso mesmo, querida, estás a ir bem. – Márcia começou a tirar o seu casaco, a sua camisa, até o seu soutien, mostrando-me os seus seios apetitosos… mas deixando o laço à volta do pescoço.
- As minhas mamocas estiveram apertadas durante tanto tempo dentro deste fato, elas precisam agora de algum cuidado, não te parece, amor? – ela levantou-se do banco, deitou-se por cima de mim e quase que me sufocava com o seu peito na minha cara – Beija-as também.
Sem hesitar, a minha boca atirou-se a uma delas, começando a chupar nela enquanto a sua mão me agarrou no cabelo, não me deixando afastar um milímetro que seja… mas eu não quero sair dali. Lambo e chupo o mais rápido que consigo, mostrando-lhe o quanto a amo, o quanto a desejo, o quanto a quero fazer sentir-se bem. A sua respiração acelerou, a minha também ao sentir a sua mão começar a brincar com o meu plug, movendo-o para a frente e para trás, ao sentir a sua mão passar também pela minha ratinha, tocando-lhe, penetrando-a, excitando-me… e quando eu senti que me estava quase a vir, os seus dedos saíram do meu baixo-ventre.
- Mais devagar, meu brinquedo, as coisas não são assim tão fáceis… – sussurrou Márcia. Ela levantou-se, tirando o cinto das calças, baixando-as e tirando-as, ficando de laço encarnado ao pescoço, luvas pretas de veludo, pelo cotovelo, botas pretas e brilhantes de salto alto, pelo meio da perna… e, obviamente, à cintura, um strap-on. Grande. E, aparentemente, também dispunha de um dildo para ela. Não era nenhum tronco, mas pouco faltava! Provavelmente seria maior que qualquer um que havíamos experimentado até então…
 - Grandito, não é? Vais ter tempo para ele, minha esposa.
Ela agarrou noutra corda e começou a amarrar uma ponta à volta do meu pescoço, para atar a outra ponta em redor dos meus seios, apertando-os, fazendo-me gemer e arfar. Também não perdeu a oportunidade para me torcer os mamilos… Depois disso, voltou a sentar-se sobre mim, mas desta vez com o strap-on mesmo à frente da minha cara.
 - Abre a boca, coração.
Abri o máximo que consegui, por forma a deixar aquela pila artificial entrar dentro da minha boca. Comecei a chupá-la, ao mesmo tempo que a língua de Márcia tocou ao de leve nos meus lábios vaginais. Ela começou a lamber-me a ratinha enquanto eu estava a beijar, lamber, chupar e engasgar-me com aquela pila dela… Por três vezes eu quase atingi o clímax, por três vezes ela me negou o alívio.
- Por favor, Márcia… meu amor…     por favor, deixa-me vir! – consegui dizer, conseguindo de alguma forma tirar o seu dildo de dentro da boca.
- Não. – foi a única resposta.
- Por favooooooooooor! – gritei.
- Nem sequer te atrevas a vir sem a minha autorização! – Márcia deu-me uma pequena dentada no meu músculo da perna, para depois cuspir na minha ratinha e enfiar os seus dedos nela, agarrar-me no cabelo moreno, ainda razoavelmente penteado desde manhã, e forçar o seu brinquedo dentro da minha boca novamente.
Começou a aparecer-me suor na fronte, enquanto eu me esforçava por conter o meu orgasmo: eu precisava desesperadamente de me libertar, de atingir o êxtase, mas não queria chatear a minha “marida”. Chupei no seu strap-on o mais rápido que consegui, imaginando que era uma pila a sério e que, a qualquer momento, eu poderia sentir um jacto de esperma a atingir-me na boca, e tentei distrair-me do que se passava lá por baixo. E então Márcia parou.
Lentamente, ela retirou-me o dildo da boca e levantou-se, soltando os meus tornozelos do piano e desamarrando os meus pulsos; todavia, não fiquei muito tempo solta. Ela depois começou a amarrar o meu pulso esquerdo ao meu tornozelo esquerdo, fazendo o mesmo do outro lado; e, com outra corda, ela amarrou a minha cintura a uma das pernas do banco, deixando-me de cabeça para baixo, de rata e rabo totalmente expostos e à sua mercê.
- Gostavas de montar-te neste rapagão, não gostavas? – perguntou ela de forma petulante enquanto agarrava no seu strap-on.
Não me recordava se já havia tomado algum daquele tamanho dentro de mim, mas estava tão excitada, tão desesperada por me vir, que me ouvi dizer:
- Fode-me com ele, minha vida! Viola-me, viola-me, viola-me…
Ela sorriu, enquanto se ajoelhava.
- Se te vieres já, tiro-o imediatamente e deixo-te aí até de manhã, sozinha. Percebeste?
- Fode-me!! – implorei; todo o meu corpo tremia e quase pedia por favor para aquela pila entrar em mim.
Senti algo húmido ser-me esfregado pela zona do meu baixo-ventre, na minha ratinha e no meu ânus, à volta do meu plug – que ela ainda não havia removido; de seguida, senti o seu pau a penetrar-me na minha vulva. A minha respiração ficou logo a mil à hora, com os meus gemidos a tornarem-se incessantes. Demorou quase uma eternidade para o seu dildo entrar por completo dentro de mim.
- Temos de consumar a nossa união, Andrea Dounia Semedo, e isso passa por levares a foda da tua vida. – sussurrou-me Márcia ao ouvido, dando uma gargalhada em seguida.
Depois o dildo começou a fazer a viagem inversa, lentamente, para depois voltar a entrar novamente; era óbvio que Márcia estava a fazer os possíveis para não me magoar… só que a minha mente estava já num mundo à parte:
- Minha paixão… minha adorada… por favor… fode-me mais depressa… com mais força… por favor… fode-me como uma puta…
Quando Márcia acabou por acelerar um pouco, os meus gritos tornaram-se ainda mais altos; eu estava a apertar os músculos da minha ratinha, tentando conter o meu orgasmo; eventualmente ela deu por isso:
- Não lutes, não faças força, minha noivinha, vai-te doer mais…
- Tu… tu ordenaste-me para… para me conter, meu amor! Eu, eu… eu adoro quando me magoas, meu amor, minha Dona, minha Domme…
- Então aguenta, minha cabra!
Márcia colocou mais força nas suas investidas, penetrando-me com mais algum vigor, fazendo a minha mente desaparecer dentro do meu próprio corpo… por isso, mal me apercebi do gemido que ela deu, quando as suas defesas finalmente foram vencidas pelo êxtase explosivo do orgasmo. Aquele foi o sinal para eu também ceder… e quando deixei de fazer força nos meus músculos, soltei um dos gritos mais altos de sempre, juntando o meu orgasmo ao de Márcia. E ali ficámos, juntas na nossa euforia, durante alguns minutos.
Estava coberta por uma camada de suor quando Márcia me soltou do banco e me deixou escorregar suavemente para o chão. Depois vi-a espalhar mais um bocado de lubrificante no seu dildo.
- Tanto lubrificante, meu amor… – sussurrei – Por norma não temos tantos cuidados…
- Eu sei, Andi, mas como este é maior que o costume, tenho de cuidar de ti para não te estragar, não te quero magoar… muito. – e vi-a sorrir.
- Eu… eu não quero saber, amor. – respondi, corando – Apenas quero que… que me fodas o cuzinho…
- Eu sei que queres… muito gostas tu de querer ser rebentada.
Márcia ajoelhou-se atrás de mim e, lentamente, começou por remover o meu plug, deixando o meu ânus indefeso à sua mercê. Depois ela espalhou imenso lubrificante pelo meu esfíncter, enfiando a ponta do dedo para humedecer de ambos os lados do músculo. Pensei que ela me fosse amordaçar também, mas acho que ela preferiu antes ouvir os meus gritos sem barreiras nem distorções, ao sentir a ponta do dildo ser encostada contra o meu buraco, para depois ele ser empurrado para dentro de mim… e eu senti que estava a ser rasgada ao meio.
- Oooooh, amor, amor, amor… por favor, mete mais, mais, por favor… – sussurrei, gemendo. Eu adorava toda a dor que Márcia me infligia, excitava-me tanto, fazia-me perder o controlo de uma maneira brutal… exactamente o que estava a acontecer naquele momento. Comecei a sentir a minha ratinha a humedecer-se novamente à medida que a pila artificial ia avançando dentro de mim…
- Está tudo bem, amor? – perguntou Márcia.
- Meu amor, minha vida, por favor… enraba esta puta! Por favor… viola-me!!
- Tens uma boquinha tão porca sempre que estás a ser fodida, Andi… se a malta do casamento te visse agora, se eles vissem a noivinha e a menina dos olhos deles a ser transformada numa puta devassa… gosto tanto de te ver assim. – respondeu, de sorriso retorcido.
Ela agarrou-me nas pernas e empurrou-me a pila de uma só vez para dentro de mim, um pouco violentamente demais… mas eu apenas me senti ainda mais excitada, soltando um potente gemido.
- A minha puta adora levar por trás, não adora? – e Márcia tirou a pila quase toda, deixando apenas a cabeça, para depois voltar a enfiá-lo todo.
- Sim, meu amor… – solucei – Adoro-o tanto…
- Vou rebentar a minha noivinha…
A força de Márcia foi aumentando com cada penetração, com ela a segurar-me pelas ancas, e eu tinha a certeza que os meus gritos poderiam ser ouvidos por toda a Verdizela. Estava tão arrebatada por estar ali, na nossa casa, sendo enrabada pelo amor da minha vida…
- Oooooh, meu amor, meu amor, eu, eu…
- Não, não te vou deixar vir ainda, minha querida… – ela inclinou-se para a frente e beijou-me no pescoço, excitando-me ainda mais (como se isso pudesse ser possível).
Subitamente ouvi-a gemer com força, ao atingir mais um orgasmo; os seus movimentos, todavia, não abrandaram: foi precisamente o contrário, penetrando-me como se tivesse ali um martelo pneumático. E aquele “martelo” estava a mexer-me com a cabeça, pois senti-me novamente a perder a cabeça. A minha boca voltou a abrir-se, dizendo coisas que não me lembro, coisas porcas, como de costume, com o fogo enorme que ardia dentro de mim a emergir mais uma vez e a fazer-me implorar a Márcia para me deixar vir. Ela não respondeu, apenas acenou afirmativamente; mas para mim foi o suficiente. Quando me soltei, uma corrente de prazer envolveu-me e fez-me gritar o máximo que consegui, até que me vim, e me vim, e me vim… até que desmaiei.

Quando acordei, estava na cama, sem qualquer corda a prender-me… e também sem qualquer roupa, também. Do outro lado da cama, Márcia dormia, de costas para mim. Aproximei-me dela e abracei-a por trás, beijando o seu pescoço e a sua face. Sussurrei-lhe ao ouvido:
- Eu amo-te, meu anjo.
Sentia o rabo assado mas não me importei, tinha valido a pena. Fechei os olhos e voltei a juntar-me a ela no mundo dos sonhos.

(história seguinte)

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