segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O treino (parte 7)

continuação...

O dia seguinte surgiu, e depois desse surgiu outro. Comecei a perder a noção da quantidade de dias passada desde a minha saída da cela onde havia sido vergada. Misericordiosamente, nos primeiros dias foi-me permitido recuperar das chicotadas e feridas infligidas durante a minha reclusão solitária, sendo bem tratada à noite por Seis, após a conclusão das nossas tarefas. Nesses primeiros dias fui também chamada algumas vezes por Lady Jewel aos seus aposentos, onde, sob o olhar de Um (acorrentada a um dos postes da cama) ela me fez dar-lhe prazer oral. Com o passar dos dias, após a habitual sessão com Lady Jewel, tive também de dar prazer oral a Um, enquanto a nossa Dona sorria e nos fotografava. Até que chegou mais uma noite de jantar.

 
Nessa noite, fui mais uma vez chamada depois dos comensais terem acabado a sua refeição, e fui mais uma vez ordenada a “dar uma geral à mesa”. Sem qualquer hesitação, comecei por Lady Jewel e chupei-lhe a rata até a fazer atingir o clímax, passando de seguida ao convidado à sua direita, e sempre por aí adiante, chupando e lambendo pilas e ratas até que, quando dei por mim, estava de frente para uma cadeira vazia, o lugar originalmente ocupado pela Dona. Logo à segunda, tinha conseguido satisfazer toda a gente! Levantei-me, não sentindo qualquer ponta de orgulho, mas, quando vi Lady Lewel olhando para mim com um sorriso largo, acabei por me sentir bem. Olhando ao meu redor, vi muitas das empregadas presas a cruzes na parede, ou deitadas no chão ou simplesmente encostadas à parede, umas sendo fustigadas com chibatas, chicotes e artefactos similares, outras fazendo a mesma coisa que eu havia feito (se bem que unicamente a uma ou duas pessoas) e outras ainda envolvidas entre si sob o olhar atento de convidados. Dir-se-ia que as minhas colegas estavam a ser usadas para satisfazer os caprichos sexuais dos amigos de Lady Jewel. Depois do meu feito, pensei que a Dona me fosse dispensar… puro engano! Ela agarrou-me na trela e levou-me para a beira do homem que, da primeira vez, quase me sufocara, e da sua acompanhante, a mulher ruiva com piercings na rata e um plug no rabo, dizendo-me que eles haviam ficado impressionados comigo e queriam ter-me a servi-los durante a noite. Escusado será dizer que passei o resto da noite a engasgar-me na pila dele e a debater-me com os brincos dela. E na noite a seguir, a dose repetiu-se.
Como mais tarde me explicaram, aqueles jantares aconteciam às sextas e sábados à noite (não tinham a certeza, mas era o que teria toda a lógica, e acabei a sentir-me burra por não ter pensado nisso antes), e acabei por utilizar isso para me conseguir orientar em relação ao dia da semana. Nunca dava para saber era o dia e o mês exacto, pois calendários eram coisa que não existia em toda a mansão. Só pelas janelas se poderia perceber alguma coisa, ao observar-se o estado do tempo, ou o comprimento dos dias…
A minha carreira como criada até foi boa, pois assimilei as minhas tarefas com algum entusiasmo, não querendo ser castigada. Tive sempre as regras de Lady Jewel na minha cabeça, procurando sempre estar o mais apresentável possível – mesmo depois de uma noite inteira a fazer sexo oral – e a procurar não ter problemas com ninguém, dando-me sempre bem com todas as minhas colegas. Isso não impediu que fosse algumas vezes ao castigo…

Uma certa noite de semana, depois do jantar, sensivelmente alguns meses depois de ter sido raptada, eu e algumas empregadas estávamos afectas à lavagem da loiça depois do jantar. Eu estava a tratar de arrumar os pratos, copos e talheres nos respectivos armários. Estávamos em silêncio, apesar de, de quando em vez, uma delas assobiar uma melodia qualquer.
Não sei como me ajeitei, quando peguei num prato para o meter no armário, este escorregou-me das mãos (apesar das luvas de borracha até terem boa aderência) e foi cair em cima da pilha de loiça que tinha para arrumar, partindo aquilo tudo e fazendo uma chinfrineira descomunal. Todas elas ficaram a olhar para mim com ar horrorizado, enquanto eu tapei a boca com as mãos, sentindo suor frio a aparecer-me na testa.
- Estás tão tramada se Lady Jewel sabe… – disse Onze, voltando a meter pratos na bacia com água quente.
- Depressa, varre isso tudo para o caixote do lixo! – gritou Seis, atirando-me para as mãos uma pá e vassoura.
Freneticamente, varri todos os cacos para o chão e depois para a pá, tendo material para quase uma mão-cheia de pazadas; e, quando ia despejar a terceira, ouvi imediatamente a voz nasalada de Lady Jewel:
- Muito bem, que se passou aqui?
Ninguém ousou responder, enquanto eu engolia em seco. Finalmente, Onze acabou por responder:
- Foi a Dezanove… partiu uma pilha de pratos…
Fulminei-a com o olhar. A puta!
- Ah… Dezanove, vem comigo.
- Senhora, – tentei desculpar-me – peço desculpa, escorregaram-me das mãos…
Mas ela calou-me com um gesto da sua mão.
- Chega. Vem comigo. Não torno a dizê-lo. – ordenou, num tom de voz que não admitia discussão nem desobediência. Engoli em seco e obedeci, sentindo a minha pulsação aumentar.
Lady Jewel agarrou-me no braço e torceu-mo atrás das costas, arrastando-me pela mansão fora; subimos um lanço de escadas, ainda andámos mais algum tempo até pararmos defronte de uma das portas fechadas da casa. Pegando num olho de chaves, a Dona abriu-a e entrámos.
Tive apenas alguns segundos para olhar em roda, e o que vi fez-me entrar em pânico. Estávamos num compartimento grande e de paredes nuas. Encostadas à parede, ou mesmo encostadas à mesma, viam-se os mais variados dispositivos de tortura: jaulas, gaiolas de reduzidas dimensões, cruzes em X, camas com algemas, correntes… Fui trazida até um banco comprido, de madeira, com uma almofada preta, de cabedal, por cima.
- Deita-te de rabo para cima. – ordenou-me.
A tremer, obedeci, para no instante seguinte ter Lady Jewel a acorrentar os meus pulsos e tornozelos às argolas metálicas que pendiam de cada uma das pernas daquela espécie de cavalete.
- Abre a boca.
Fi-lo, sentindo o suor a começar a escorrer-me à cara abaixo. No instante a seguir senti uma bola preta de plástico a ser-me colocada na boca e apertada atrás da cabeça. Quando senti o meu vestido a ser levantado e as minhas cuecas a serem baixadas, expondo as minhas nádegas nuas (para além do meu cinto de castidade), fiquei ainda mais aterrorizada.
- Foste descuidada, escrava… – ouvi Lady Jewel passear pela divisão – Ser-se desajeitada é uma coisa que eu pura e simplesmente não tolero com as minhas empregadas. Como tal, tens de aprender que os deslizes se pagam caros e são severamente punidos. – uma pausa; quando a voltei a ouvir, ela estava perto de mim – Por norma, o castigo por descuidos são cem chicotadas; porém, como é a tua primeira falha… vou acrescentar mais cinquenta. Como lição, e como lembrança. – e senti logo a seguir o chicote nas minhas nádegas.
A punição foi-me dada com força, com a mesma cadência, e logo ao primeiro impacto senti as minhas nádegas como se lhes tivessem encostado um ferro em brasa. Lutei desde o primeiro instante para não desatar a chorar... mas não demorei muito tempo até começar a soluçar. Perdi logo a conta ao número de chicotadas que havia recebido e o nível de dor que sentia chegou a um tal ponto que achei que ia desmaiar. Durante todo o castigo, Lady Jewel não disse uma única palavra.
Eu diria que passaram cerca de dez minutos até que o chicote finalmente parou de me fustigar o traseiro. Eu não sentia mais nada: o meu cérebro apenas registava a dor nas minhas nádegas, que me doíam de uma forma que nunca julguei possível. O fim da punição não me trouxe alívio, por conseguinte, e continuei a chorar.
- Espero que tenhas aprendido a tua lição, Empregada Dezanove. – ouvi Lady Jewel dizer – Tens de ter sempre presente na memória que não podes cometer erros. Tens de estar sempre atenta ao que estás a fazer, obedecer a qualquer ordem… afinal de contas, descuidos como o teu, para além de desobediência, provoca a insatisfação dos meus clientes.
Não consegui olhar para ela. Lady Jewel tratava-me como uma simples peça de mercadoria, destinada a ser usada por outros… continuei a chorar baba e ranho.
- Vou-te deixar aqui algum tempo, – continuou ela – para pensares, para te acalmares. Voltarei daqui a uma hora, sensivelmente. – e, dito isto, ouvi a porta a bater.
Assim que lá consegui parar de chorar, eu pensei, pensei e pensei. As coisas tinham estado a correr tão bem (dentro da medida do possível) desde que passara a ser a Dezanove, fazia o meu trabalho, obedecia sem hesitar às ordens de Lady Jewel… e, ao primeiro deslize, era arrastada para ali para ficar com as nádegas piores do que se me sentasse em cima de uma tostadeira. Parecia-me totalmente injusto… Comecei a sentir os braços e as pernas pesados, dormentes.
Fui desperta dos meus pensamentos ao ouvir a chave na porta. Pensei logo que fosse Lady Jewel para me libertar (ou não), mas vi uma farda rosa e constatei que, afinal, tratava-se de Um. Presumivelmente a nossa Dona tinha-lhe ordenado que tratasse do meu traseiro em brasa.
- Olá, Dezanove…
Tentei responder, mas a mordaça não mo permitiu. Ouvi os saltos dos seus sapatos soarem cada vez mais perto de mim.
- Erm… Lady Jewel disse-me para vir cuidar de ti, tirar-te daí e ajudar-te…
Não sabia porquê, mas havia ali qualquer coisa que não batia certo. Talvez fosse o seu tom de voz algo hesitante… ou então eram apenas macaquinhos na minha cabeça.
Quando Um reparou no estado das minhas nádegas, assobiou.
- Bem… Lady Jewel deu-te um tratamento daqueles… Ainda me lembro da primeira vez que fui punida. Não me consegui sentar durante dias.
Subitamente, senti uma mão enluvada a acariciar-me a coxa.
- Sabes… És mesmo gira.
Quando a mão se aproximou do meu baixo-ventre trancado pelo cinto de castidade, engoli em seco, pois veio-me à memória uma das regras de Lady Jewel: ‘Não consinto que haja contactos sexuais entre as minhas meninas dentro de casa sem o meu expresso consentimento’; e eu tinha a impressão que ela não teria autorização (afinal de contas, sempre acreditava que a nossa Dona gostasse de a ver abusar de mim, casso tal fosse verdade)… mas Um era uma das preferidas de Lady Jewel, não sabia até que ponto ela teria privilégios – talvez ela pudesse abusar de nós quando lhe apetecesse…
Voltei ao mundo real quando me apercebi que ela estava a agarrar no meu cinto de castidade – e a destrancá-lo, tirando-mo logo de seguida! Então, ouvi a sua voz sussurrar-me ao ouvido:
- Não te preocupes, docinho, eu vou ser gentil.
‘Gentil’. Fechei os olhos, gemendo: aquilo não ia ser do meu agrado… Apesar de eu, por mais de uma fez, já lhe ter chupado a pila, havia sido sempre sob o comando da Lady, porque ela mo havia ordenado. Então senti algo duro a ser encostado aos meus lábios vaginais, algo duro e que pulsava com desejo. Abanei a cabeça, quase implorando para ela não fazer aquilo, mas apenas ouvi uma gargalhada.
- Vou-te experimentar, amor. – ouvi-a dizer, como se estivesse a rir, antes de enfiar a sua pila dentro de mim, num único movimento. Gemi: o seu órgão não era nada de se deitar fora (e essa impressão não era apenas de então), mas eu não a queria naquele momento, apenas queria descansar! Notei que Um fez um esforço para não me tocar nas nádegas feridas. E logo a seguir ela começou a penetrar-me com mais força, com mais velocidade…
- Oh, Dezanove, tu nem imaginas quão bela tu és, o quanto tu me excitas… Desde que te vi, amor, tenho andado com desejos por ti, e sempre que estivemos envolvidas fiquei ainda com mais vontade de te ter… e as regras que vão p'ró caralho!
A última frase foi dita quase a gritar, com Um a perder o controlo: ela começou a foder-me com toda a força, ignorando o estado do meu rabo. A sua brutalidade e as dores que me estava a provocar fizeram-me voltar a chorar. Ela quase que se havia transformado num animal, focado unicamente em usar-me para seu deleite…
- Mas afinal que raio de merda vem a ser esta?! – ouviu-se atrás de nós.
Aquela voz nasalada era inconfundível: Lady Jewel! Imediatamente Um parou de me penetrar e saiu abruptamente de dentro de mim.
- Um! Que raio pensas tu que estás a fazer?! – continuou ela – Quem te deu autorização para cá vires e de a foderes?!
- Aaaaah, Senhora, eu posso explicar… – começou Um.
Ouvi o som de uma bofetada.
- Sua puta de merda!! A minha preferida, a pessoa em quem eu mais confiava do meu staff, a pessoa que devia saber as regras de fio a pavio, é a gaja que vai a correr quebrar a minha regra principal?! – à medida que ia gritando, fui ouvindo o som de bofetadas – Não mereces a minha piedade!! Já vais ver o que acontece a quem quebra a minha regra nº 1l!
- Aaaiii! – ouvi os gritos de Um – Senhora, mil perdões… Não, por favor, na jaula pequena não! Essa não!!
Ouvi sons metálicos a virem de trás de mim: ambas estavam fora do meu ângulo de visão.
- Fizeste algum caso das minhas ordens? Não! Então também não vou ligar à tua choradeira. – a voz de Lady Jewel era fria. Um continuou a gritar, mas a Lady ignorou-a, dirigindo-se para mim.
- Desculpa, querida, mas não contava com esta… infelicidade. – senti as suas mãos a ajustarem-me o cinto de castidade, antes de me voltar a vestir as cuecas (o mais suavemente possível) e de me soltar do banco – Vou chamar uma das tuas colegas para tratar de ti, enquanto eu tenho de tratar desta puta…
Enquanto Lady Jewel puxava uma corda que pendia do tecto, pude finalmente ver Um, presa numa jaula com cerca de dois metros de altura, com o formato de uma pessoa mas sem qualquer espaço para ela se sentar, deitar ou sequer mover; a minha colega estava sem as cuecas, e ainda podia ver a sua pila, agora mais murcha.
Distraí-me ao ouvir alguém bater à porta. Quando entrou, vi que era Seis.
- Chamou, Senhora? – disse.
- Leva Dezanove para a cozinha e trata das suas nádegas o melhor que puderes, sim? Estou algo ocupada, neste momento…
- Sim, Senhora.
Saímos ambas do quarto, ignorando os gritos que se ouviram de Um. Fomos andando ambas, ela à minha frente, enquanto eu me sentia demasiado dorida para andar rápido.
- O que se passou? – perguntou ela.
- Fui castigada pelos pratos, depois a Um apareceu lá e quis foder-me…
- Ui! Alguém vai passá-las bem… – e vi Seis olhar para mim, o seu eterno sorriso sarcástico a acentuar-se.
Chegámos à cozinha e encostei-me a uma bancada, para Seis me levantar o vestido e ficar a assobiar ao ver o estado do meu traseiro.
- Credo, a Lady realmente deu-te bem… Vamos lá ver se temos gelo que chegue para isto.

continua...

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