quarta-feira, 2 de junho de 2010

O interrogatório

Estava assustada. Não conseguia ver nada, o sítio onde eu havia sido fechada não possuía iluminação decente. Podia sentir a humidade daquele sítio na minha pele, e isso fez-me arrepiar. Ou seria por causa do medo?
Umas horas antes, depois de sair de casa para ir às compras no mercado, senti uns braços fortes rodearem-me e um pano húmido ser encostado à minha cara. Tentando debater-me contra o estranho que me prendia, perdi a consciência, e havia acordado naquele lugar escuro, com os meus pulsos acorrentados por cima da cabeça. E, por muito que eu olhasse ao redor, não conseguia descortinar o que se estava a passar, ou quem me havia raptado.