terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Larva

Fecho a porta e olho para o horizonte. O Sol acabou de se pôr, e o céu escurece gradualmente. O tempo não está muito quente, mas tenho de arranjar maneira de digerir o largo jantar… e nada como um passeio pelo parque.
Os candeeiros já estão acesos quando chego ao parque central. Apesar de estar fresquinho, a noite até está agradável. Ando, devagar, de mãos nos bolsos, a respirar o ar fresco da noite, e olho à volta, vendo as poucas pessoas que, como eu, decidiram sair à noite para um passeiozinho. Sentados num banco, um par de adolescentes abraça-se e beija-se apaixonadamente. Sorrio, ao passar por eles.
Então, os meus olhos captam algo estranho: uma luz esverdeada, perto duma árvore, um bocado fora de caminho e sem iluminação à volta. Deixa-me curiosa: o que poderá ser aquela luz? Eu sei que deve, quase de certeza, ser uma armadilha, e que detrás da árvore deverá um gajo qualquer à espera de me violar, mas estou hipnotizada pela luz – preciso de a verificar.
Dirijo-me na sua direcção, lentamente, sempre a olhar à volta, tentando ver se alguém está à volta. Não oiço nada, apenas os meus passos, enquanto ando em direcção à luz verde. É tão bonita… só que, quanto mais me aproximo dela, mais ela se afasta. Começo a sentir-me pouco à-vontade, sinto a desconfiança de que alguém me estará a pregar uma partida, a atrair-me para uma cilada…
… e, quando penso em dar meia-volta e a regressar à segurança da iluminação do parque, o chão cede.
Não caio durante muito tempo, mas lembro-me de pensar “Estou fodida…” antes de embater no chão e de perder a consciência.



Quando abro os olhos, sinto que algo está diferente. Para pior. Estou num lugar estranho, pequeno e apertado, de forma ovóide, aparentemente, de paredes amareladas e opacas – se se pode chamar-lhes assim. Toco-lhes, testando a sua resistência… e só então reparo na minha mão. E não acredito no que vejo. Quase todos os meus dedos aparentam terem sido unidos – com excepção do polegar, dando-lhe o aspecto duma pinça – dentro duma espécie de luvas de látex preto; porém, eu sinto tudo onde toco, como se a minha pele tivesse sido substituída por aquela espécie de camada de borracha… Olhando para o resto do meu corpo, reparo que estou totalmente coberta pela mesma camada negra, como as minhas mãos. Toco na minha cara, nos meus lábios, até no meu baixo-ventre, e todos eles estão no mesmo estado; o meu cabelo cresceu desmesuradamente e está penteado numa longa trança, enquanto a minha cintura estreitou inacreditavelmente e os meus pés ganharam uma espécie de saltos… abano a cabeça, tentando acordar deste pesadelo, mas sem resultados: isto é real. O que me aconteceu? Como é que isto aconteceu? Quem me fez isto? E como?
Em pânico, começo a bater com os punhos nas ‘paredes’ daquele lugar, a sentir-me claustrofóbica; quando vejo uma delas a partir-se, precipito-me pelo buraco recém aberto.
Fico de queixo caído quando reparo onde realmente estou. É quase como um pesadelo: as paredes parecem estar vivas, pulsando lentamente, como o bater de um coração e libertando um brilho verde – a única luz que disponho para ver – e há um cheiro estranho e adocicado no ar. Sinto uma enorme vontade de o seguir, mas consigo resistir, e, em vez disso, olho para o sítio onde acordei. Assemelha-se a um ovo, mas a questão mantém-se: como foi feito, e como é que eu fui parar lá dentro? E porquê?

De quando em vez, oiço sons estranhos – sons inumanos, sopros, zumbidos, e outros que não consigo identificar – mas também se ouve um grito. Tento andar na direcção daquele grito, mas não estou habituada a andar com saltos tão altos, e tropeço imensas vezes. Mas vou conseguindo andar, tentando acostumar-me a eles, tentando chegar ao porquê da minha situação. E sinto aquele cheiro doce novamente.
Subitamente, sinto dois braços agarrarem-me e uma mão em forma de pinça a ser colocada sobre a minha boca, e sou levantada no ar como uma pluma, com os meus pés a debaterem-se e a pontapearem o ar, desesperadamente. Quem quer que seja a pessoa – ou coisa – que me está a prender, possui os braços tão cobertos de borracha como os meus, similarmente terminando em pinças, mas maiores e mais ameaçadoras. Tento lutar, mas aqueles braços são demasiado fortes para mim; acabo por ser agarrada pelos pulsos e arrastada de rojo pelo chão.
Entramos num lugar absolutamente enorme, de paredes semelhantes às do outro lugar, brilhando da mesma maneira, se bem que tal não se nota por via dos gigantescos globos que estão no tecto, iluminando todo o lugar. E, quando paramos, o meu captor levanta-me do chão, sempre agarrando-me pelos pulsos, e ergue-me, bem acima do chão, defronte da criatura mais estranha que eu já vi. Parece ser uma mulher, que, como eu, veste – ou possui uma pele de – látex, mas o seu ventre é prolongadíssimo, transformando-se numa espécie de abdómen segmentado – como o de alguns insectos – tão grande e comprido que ela está sentada em cima dele, e tão volumoso que as suas pernas nem conseguem chegar ao chão. As suas mãos, ao invés das minhas, possuem todos os dedos E, à cintura, ela tem um dildo. Não… ela afaga-o e o dildo reage, pulsando e crescendo. É um pénis!!!
- A mais nova já acordou, minha Rainha. – oiço o meu captor dizer, com uma voz feminina.
- Óptimo, minha preciosa Anastasia. – vejo aquele ser (a Rainha de algo, mas do quê?) a olhar-me de alto a baixo, com as luzes do tecto a reflectirem na sua pele brilhante, e começa a masturbar o seu pénis.
- Céus, estou a ver que o tratamento lhe fez muito bem, Anastasia. Ela já está pronta para a possessão.
- Quem… o que… quem são vocês?! – grito, quando finalmente consigo falar – Onde estou?! – até a minha voz me soa diferente, parecendo bastante mais aguda…
- Silêncio, larva! – Anastasia grita, a sua outra pinça agarrando-me pelo pescoço, sufocando-me e silenciando-me – A Rainha não te deu permissão para falares!
- Calma, minha boa servidora… – a Rainha gargalha – Não te esqueças de que esta é recém-chegada… e ainda não está familiarizada com as nossas regras.
- Tendes razão, minha Rainha. Mil perdões. – e a minha garganta é libertada, permitindo-me voltar a respirar normalmente. Os meus pulsos, porém, continuam a ser agarrados pela sua outra pinça.
- Minha querida pupa, bem-vinda à nossa grande família. – a Rainha diz, falando para mim – Estás confusa, eu sei, e não consegues perceber o que se está a passar, mas deixa-me explicar.
“Somos uma colónia. Uma colmeia, se preferires. Vivemos como um todo, uma única entidade, onde eu sou a matriarca, a única líder. O resto da colónia está dividida em três castas: as trabalhadoras – que trabalham na manutenção do nosso ninho e na alimentação de todos nós, para além da manutenção dos ovos – as soldadas, como a Anastasia – que vivem apenas para defender este ninho contra qualquer invasão, e para me protegerem a todo o custo – e as procriadoras – que são as mães da colónia e geram os restantes membros da colónia. No entanto, não nascem dentro da colónia.
“Sobre ti… foste escolhida e atraída até ao nosso lar, onde os meus soldados iriam capturar-te; no entanto, caíste com tanta força que não foi preciso fazermos nada. Foste trazida até nós, onde eu confirmei as minhas suspeitas de que tu serias uma procriadora conveniente, e colocada dentro dum dos poços de transformação, para que a conversão em uma de nós pudesse ser feita o mais cedo possível. E, agora que estás pronta, apenas falta uma coisa, antes que possas, realmente, ser uma de nós… ajoelha à minha frente, minha larva.
Não quero; Anastasia força-me a obedecer ao atirar-me para o chão, a agarrar-me – outra vez – pelo pescoço e a colocar-me na posição desejada.
- Porquê eu? – digo, na minha voz aguda – Porque me fazem isto a mim?
- Como eu já disse, – a Rainha continua – as procriadoras têm de ser trazidas do mundo exterior, porque os nossos corpos, por si só, não são capazes de suster vida. Foste escolhida porque, após te ter visto na superfície, – e a sua mão move-se na direcção de dois globos perto de si, que mostram imagens do parque onde eu estivera – vi em ti grande potencial: o teu corpo aparentava ter a estrutura perfeita para a tarefa e… – ela parece hesitar –  …és bonita. As minhas procriadoras devem ser todas bonitas. Assim, sabendo que os humanos, por norma, são curiosos, atraímos-te para uma armadilha… e aqui estás.
Não consigo reagir. A minha mente está vazia, e não consigo pensar em nada para responder àquela, àquela… criatura, tão humanóide se não fosse pelo abdómen enorme.
- E agora, apenas resta uma coisa, antes de poderes entrar na colónia. – ela declara, agarrando no seu pénis – Podemos ter alterado o teu corpo, mas a tua mente ainda está intacta, sem os valores da nossa comunidade – e, principalmente, sem a lealdade à Rainha. Assim, aproxima-te, minha querida larva.
 A pinça de Anastasia empurra-me para diante, na direcção do pénis da Rainha, que pulsa e cresce de tamanho a cada segundo que passa, enquanto a mão da criatura começa a afagar-me a minha cabeça.
- O néctar da Rainha é a chave para a sobrevivência da colónia. Para além de fertilizar os ovos das procriadoras, traz as próprias procriadoras para a nossa colónia. A sua vontade férrea desaparece, e elas aceitam a minha autoridade sobre elas, para além de tomarem o seu lugar na comunidade. – a sua mão toca-me na boca – Abre a boca, minha querida pupa, e aceita o teu destino.
Não me mexo – não me consigo mexer. Tudo isto parece um pesadelo demasiado irreal. E, quando me recuso a mexer, Anastasia agarra-me na cabeça e empurra-a contra o pénis enorme que tenho à minha frente. Tento lutar contra as pinças que me seguram, mas elas continuam a ser demasiado fortes para as minhas fracas tentativas, e, instantes depois, a minha boca é invadida por aquela… coisa.
A primeira sensação que tenho é um vómito tremendo: sinto vontade de vomitar, com o sabor repelente que aquele órgão não-natural tem. Não sabe a plástico, ou borracha, como eu estava à espera. Mas então, algo muda: o mesmo cheiro adocicado com que me havia deparado antes retorna, o pénis que tenho na boca começa a ter esse mesmo sabor… e começo a chupar no órgão superdesenvolvido da Rainha de livre vontade. Não demora muito tempo até a pinça de Anastasia me libertar – ela não é mais necessária, pois eu obedeço sem hesitar. Começo a sentir um líquido adocicado na boca, proveniente do pénis da Rainha. Sabe a mel; e é tão viciante que eu começo a acariciar o seu órgão com a minha pinça, tentando obter mais daquele néctar na minha boca. Oiço a Rainha dizer algo para Anastasia, mas não percebo o que é: estou apenas focada no órgão da Rainha.
Então, as suas mãos agarram-me firmemente na cabeça, enquanto uma dose gigantesca de néctar é expelida na direcção da minha boca, e, quando a engulo… sinto a minha mente a mudar.
É como uma dor de cabeça – ou similar – no meu cérebro, que começa a espalhar-se pelo meu corpo inteiro. Depois, sinto-me prestes a desmaiar, tonta e confusa. A minha visão nubla-se, e sinto a minha mente a ser preenchida por necessidades e pensamentos inumanos. Começo a esquecer-me de quem sou, e desesperadamente tento agarrar-me a qualquer coisa – o meu nome, a minha família, a minha infância, os meus amigos, alguma memória que ajude a continuar a ser quem sou – mas é em vão.
Então, ao sentir a minha personalidade desaparecer, tudo muda.

Vivo para a minha Rainha.
Estou tão contente por a Rainha me ter autorizado a chupar no Seu pénis, a sentir o Seu maravilhoso néctar na minha boca. Sinto a Sua mão a agarrar-me na cabeça, a afagar-me, a dar-me as boas-vindas à comunidade. Sinto o Seu amor por mim, à medida que mais dos Seus sumos me invadem a boca. Engulo-os de imediato, limpando os meus lábios, e olho para a gentil cara da minha Rainha, para o Seu sorriso.
- Então, minha procriadora, como te sentes?
Sinto um júbilo enorme por a minha Rainha estar a falar comigo.
- Minha querida Rainha, sinto-me orgulhosa por ter bebido o Vosso néctar tão doce…
- Ela está pronta. – oiço Anastasia dizer-Lhe.
- Vamos ver… quem és tu, minha serva?
Tento lembrar-me… mas a minha mente está vazia: não recordo nada a respeito da minha vida até aquele instante… é quase como se tivesse acabado de nascer. Encolho os ombros.
- Vossa serva, minha Rainha. Nada mais.
- Óptimo. – Ela sorri, então agarra na minha cara, puxando-me na Sua direcção – Então, vejamos o quão dócil tu és… é altura de fazeres o teu trabalho. Senta-te ao meu colo.
Faço o que ela me ordena, sabendo de antemão o que a minha Rainha deseja: abro as pernas e sinto o Seu pénis a entrar em mim, devagar, suavemente. Começo a mexer-me para cima e para baixo, sentindo o Seu órgão a ficar maior e mais largo. Os meus grandes seios dançam-me no peito sempre que me mexo, e eu acabo por lhes agarrar com as mãos e a brincar com os meus mamilos, não sei porquê. Sinto-me extática por ter a minha Rainha dentro de mim, a comer-me, a desperdiçar o Seu precioso tempo comigo! Então, não consigo controlar as minhas emoções e acabo a gritar de prazer, ao sentir-me a atingir o clímax. Os meus gritos são altos e enchem toda a divisão, e tornam-se ainda mais altos quando sinto o pénis da minha Rainha a encher-me com o Seu magnífico e delicioso sumo, a impregnar-me da Sua essência. Mais uma vez, não me sinto merecedora de tantos carinhos por parte da minha Rainha.
Então, Ela toca-me na perna.
- Bom, chega, por agora. – Ela olha para mim – És realmente boa… eu tinha razão: tens mesmo potencial. No entanto, ainda falta ver as tuas qualidades como procriadora, propriamente.
Levanto-me do colo confortável da minha Rainha, passando a minha pinça pelo meu baixo-ventre, e Ela olha-me de alto a baixo.
- Todas as minhas procriadoras possuem um nome, sabes? Para poder distinguir-vos umas das outras… e, como és tão bela e delicada, vou-te chamar ‘Pétala’. Gostas, minha querida?
- Bastante, minha Rainha. – acenei – Se é esse o Vosso desejo, será esse o meu nome.
Ela riu-se.
- Anastasia, leva a Pétala a conhecer o resto das suas irmãs… e aos seus compartimentos.
Só agora reparo que Anastasia havia estado ali todo o tempo, a ver-me a ser fecundada pela minha Rainha! E, finalmente, consigo vê-la como deve de ser: ela é forte, bem maior que eu, mas apesar disso mantém ainda um aspecto vagamente feminino. Ela possui a mesma pele de borracha que eu, e aparenta não ter boca, o que me espanta, quando me lembro dos seus diálogos com a minha Rainha.
As suas pinças agarram-me pelo braço e levam-me para fora do ângulo de visão da minha Rainha. A minha vagina começa a pulsar, assim que deixo de A ver. Anastasia leva-me por um labirinto de salas e corredores, todos eles com aquelas paredes pulsantes verdes, até que chegamos a um novo lugar. É enorme. Sem aquelas paredes estranhas, apenas com uma grande cova no chão, e, nela existe uma quantidade enorme de algo que se assemelha a casulos octogonais, com um buraco pequeno na parede de cada um. Oiço gritos que provêem de alguns deles, sei que as minhas irmãs estão lá, a procriar, a criar novas vidas para a colónia, e vejo outros membros da colónia a andarem dum lado para o outro – mas não os consigo ver bem: eles andam tão depressa!
Anastasia pára perto de um casulo.
- Esta vai ser a tua nova casa, Pétala. Entra.
Estou toda a tremer, e sinto-me a aquecer por dentro.
- Não queres vir comigo e… brincar comigo? Por favor?
Ela abana a cabeça.
- Procriadoras. Sempre com a merda das hormonas em altas. Nem penses que te vou dar o que queres: as procriadoras são propriedade exclusiva da Rainha, e apenas ela tem o direito de vos usar. Quem desobedecer a essa regra é agredido até à morte pelos soldados.
- Mas tu és a campeã da Rainha, - estou quase a implorar: quero senti-la a tocar-me na minha vulva, que está a pingar só de pensar nisso – de certeza que…
- De certeza, nada! – ela interrompe-me – Até eu tenho de me reger pelas regras da Rainha: caso contrário, a minha condição não me valeria de nada…
De súbito, sinto uma dor na barriga; caio de joelhos, ao sentir algo mover-se na minha vagina, e a descer.
- Ah, já é tempo da primeira postura… depressa, entra no teu casulo! – e Anastasia empurra-me para dentro do casulo.
As paredes do meu casulo relembram-me o ovo onde nasci: são amarelas e opacas, e consigo ver a sombra de Anastasia do lado de fora. No entanto, não tenho muito tempo para ver as vistas: algo dentro de mim quer sair cá para fora! Grito enquanto me deixo cair no chão, de costas no chão de terra, abrindo as pernas, alargando a minha vulva o mais possível e fazendo força. A minha respiração acelera, e os meus olhos arregalam-me ao ver o primeiro ovo amarelado a sair da minha vagina, e caindo no chão sem um único som.
Enquanto me acalmo, levanto-me e olho para o meu filho. O ovo é maior do que eu esperava, e não faço ideia de como eu consegui conter algo tão grande dentro de mim, ou como pode ter sido criado em tão pouco tempo! Toco-lhe: é frio. E, porém, debaixo daquela camada fria, sinto algo quente lá entro.
Então, algo entra no meu casulo, a olhar desesperadamente para todos os lados. Ela tem poucas parecenças comigo. Duas pernas, sem vulva, um corpo vagamente humanóide com uma cintura ainda mais estreita que a minha, seios minúsculos, braços fortes – com pinças como mãos, também – e uma cabeça sem cabelo e com um par de antenas. Deve ser uma trabalhadora.
Sem qualquer comunicação, ela agarra no meu ovo e sai com ele, enquanto eu fico especada a olhar para o lugar onde o meu filho – não, o meu filho não, o filho da minha Rainha, eu sou apenas a barriga de aluguer – estava até há uns segundos atrás. Tento perceber porque o terá ela levado, e, na minha mente, a resposta surge, clara como água: todos os ovos são reunidos pelas trabalhadoras, onde, após o nascimento, as larvas serão alimentadas até atingirem o estado adulto.
Então, sinto mais um ovo a iniciar a sua marcha descendente.

Estou orgulhosa de ser uma das procriadoras preferidas da minha Rainha. Ela chama-me constantemente aos Seus aposentos para ser fecundada, e muitas vezes Ela premeia-me ao permitir-me beber o Seu maravilhoso néctar, ou, quando ela se sente realmente agradada comigo, ao penetrar o meu ânus com o Seu magnífico pénis. Para além d’Ela, a minha única companhia são as trabalhadoras que aparecem no meu casulo para levarem os meus ovos, e para me alimentarem com os fungos que elas colhem duma das secções mais fundas do ninho. Por ser um membro tão bom da colónia, nunca mais vi Anastasia.
Às vezes, gostava de ver o resto do ninho, mas a minha vida consiste apenas em pôr ovos e a ser fecundada pela minha Rainha, e que não me dá muito tempo para isso. Mas eu não me queixo. Eu agrado à minha Rainha, e isso chega-me. E, ao ver a quantidade de vezes que ela me recompensa, devo estar a fazer o meu trabalho estupendamente.
Vivo para a minha Rainha.

(história seguinte)

2 comentários:

  1. Interessante esta història, nunca li nada igual :)

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  2. Diferente. Gostava de ser Rainha assim...
    Continua que gosto do que escreves

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