terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Capuchinho Vermelho

Era uma vez uma rapariga de vinte anos tão bonita como não havia outra. Tinham-lhe mandado fazer uma capinha vermelha com um capuchinho, que lhe ficava tão bem que toda a gente lhe chamava Capuchinho Vermelho.
Como era seu hábito, o Capuchinho Vermelho levava comida a um familiar que vivia longe, numa casinha na floresta. E, naquele dia, assim aconteceu. A sua mãe preparou-lhe um cestinho e ela lá abalou, rumo à floresta.

 
Depois de algum tempo de passeio, chegou a uma casinha adorável, bem no centro do bosque. Bateu à porta e perguntou se podia entrar, ouvindo em resposta uns murmúrios abafados. Abriu a porta e entrou.
Ele gemeu assim que a viu entrar. Nos seus olhos estava estampado o terror. Agitou-se na cama, mas as correias que o prendiam à cama de metal mantiveram-no quieto.
- Olá, avózinha. Estás boa? – perguntou o Capuchinho Vermelho, aproximando-se da cama – Tenho aqui a tua refeição.
O lobo mexeu-se na cama, debatendo-se. Maldito o dia em que a vira, tão apetitosa e suculenta, e se sentiu com vontade de variar a sua dieta. Maldita a hora em que se enfiara na cama de sua avó, vestido com as roupas dela. Maldito o momento em que ela se apercebera de que não era a sua avó que estava na cama, e lhe pregara com um toro de madeira na cabeça, deixando-o inconsciente. Maldito o segundo em que abrira os olhos e se sentiu preso à cama, com a velha e a neta a olharem para ele com um sorriso traiçoeiro… enfiado dentro dum fato de látex apertado, com uma mangueira na boca, e com as roupas da avó por cima da borracha.
Ouviu passos do outro lado da casa, e viu a avó a aproximar-se dele, com um funil de metal.
- Olá, minha netinha. – disse.
O Capuchinho Vermelho retirou o pano que cobria o cestinho, retirando o bolo que sua mãe havia feito para a avó, e um frasco com uma geleia verde.
- Aqui tens o teu bolo, avó. E quanto a ele… – acenou em direcção ao lobo, agarrando no frasco.
A avó colocou o funil no topo da mangueira, enquanto a sua outra mão mantinha quieta o focinho do lobo. Então, o Capuchinho Vermelho abriu o frasco – cujo conteúdo exalava um cheiro horrendo – e começou a despejá-lo no funil. A geleia escorreu pela mangueira e entrou na boca do lobo que, incapaz de a cuspir, foi forçado a engoli-la. Conseguia ter um sabor pior que o cheiro… e desde que fora capturado que o forçavam a comer aquela mistela. Só de pensar num dos ingredientes daquilo, lhe dava vontade de vomitar…
O Capuchinho Vermelho não parou de despejar aquela mistela até que o frasco ficou vazio. De lágrimas nos olhos, ainda a tentar lutar para engolir aquela coisa, o lobo ficou a olhar para as duas mulheres que, agora, iriam fazer a “colheita”.
O Capuchinho Vermelho desapareceu por instantes e foi buscar um par de luvas de látex. Calçou-as e, enquanto com uma mão segurava no frasco, colocando-o petro do baixo ventro do lobo, a outra agarrou o seu órgão – uma das poucas partes do seu corpo que estava descoberta – e começou a masturbá-lo, olhando para os seus olhos vidrados de terror, de vergonha. Entretanto, a avó tinha ido para a cozinha.
Foi preciso esperar quase um quarto de hora. Subitamente, com um uivo abafado, o lobo começou a libertar esperma para o frasco. A rapariga continuou a friccionar o seu órgão, fazendo sair mais líquido leitoso, enquanto os uivos surdos se iam ouvindo a custo.
Quando, por fim, não saiu mais nada, o Capuchinho Vermelho retirou o frassco, tapou-o e meteu-o no seu cesto. Retirou as luvas e foi à cozinha, deitá-las no lixo. Despediu-se da avó, que estava a lavar a loiça, e, olhando para o lobo, que se debatia mais uma vez na cama, tentando-se soltar, saiu para a floresta, rumo a casa.
 


[história criada para a rúbrica "Conto da Semana" do fórum BDSMPortugal]

1 comentário: