quinta-feira, 26 de novembro de 2009

M

Acordo. Não faço a menor ideia de onde me encontro, ou de como vim aqui parar… assemelha-se um pouco a um quarto de um hospital, comigo deitada numa cama e com o lençol por cima. Abano a cabeça… ou tento. Não a consigo mexer. Não me dói, apenas parece que tenho algo a prender-me os movimentos dela. Tento levantar a mão para ver o que se passa, sentir o meu pescoço, mas também está presa, assim como a minha outra mão e os meus tornozelos. Até a minha cintura tem algo à sua volta, a impedir-me de me mexer… Entro em pânico, tentando desesperadamente libertar-me, mas em vão. Estou presa a uma cama num sítio desconhecido, sozinha…


De tempos a tempos, oiço passos do outro lado da porta dupla que tenho à minha frente e, uma vez, parece-me ouvir algo semelhante a gritos. Penso em chamar por ajuda, mas hesito, pensando que, quem quer que seja que me trancou aqui, pode estar só à espera que eu dê um sinal de vida… olho em volta na medida do possível, e não vejo mais ninguém. Mas há muitas camas, todas elas com tiras de couro em diversos pontos – possivelmente o que me estará a prender os movimentos. Tenho um saco cheio de algo transparente preso a um suporte ao lado da minha cama, com um tubo fino a sair da parte de baixo e ligado – ou melhor, espetado – à minha mão por intermédio de uma agulha. Porém, não me magoa.
Sobre uma secretária, na outra ponta do quarto, e perto dum armário e dum biombo branco, consigo vislumbrar algumas coleiras, algemas, mordaças e instrumentos de metal que não faço a menor ideia para que servem. Onde raio estou eu? E… como vim eu aqui parar? Nem sequer me consigo lembrar muit bem da noite de ontem! Só sei que tive um encontro que não correu lá muito bem, mas depois disso…
Oiço novamente passos, mas desta vez eles páram perto da minha porta; de repente, ela abre e uma mulher entra. O meu queixo cai quando olho para ela de cima abaixo, enquanto ela agarra numa ficha médica que estava em cima de mim…
À minha frente está uma mulher loura, alta e bonita, talvez acima dos trinta anos, com o seu cabelo comprido apanhado numa longa trança; está coberta do pescoço para baixo em borracha, com luvas compridas pretas, um vestido curto transparente, e um avental branco com uma cruz vermelha no meio; as suas pernas estão também envoltas em látex transparente, com o conjunto a acabar nuns sapatos de plataforma pretos, semelhante a uns que eu comprei para o Carnaval. Traz também um estetoscópio ao pescoço.
Ela levanta os os lençóis que me cobrem… e só então reparo que estou completamente nua! A mulher olha para mim, mirando-me de cima a baixo e julgando-me.
“Muito bem, muito bem…” oiço-a murmurar, enquanto ela escreve algo na ficha.
- O que estou eu a fazer aqui? Quem é você? – pergunto.
Ela olha-me com os seus olhos acinzentados, mas não me responde. Em vez disso, ela começa a auscultar-me, colocando a parte fria do estetoscópio sobre o meu peito, mamilos e coração. Quando se sente satisfeita, rascunha mais qualquer coisa na minha ficha; depois, dirige-se à secretária e agarra um dos objectos metálicos que lá estão, que vejo tratar-se duma seringa. Com mais algumas coisas na mão que não consigo ver o que possam ser, ela aproxima-se de mim, a sua cara sempre neutra.
- Não te mexas. – diz; tendo em conta que estou presa à cama, parece-me algo que não faz muito sentido ela dar-me aquela ordem.
Mal sinto a agulha a entrar-me no braço e a retirar algum do meu sangue. Obviamente, ela é profissional naquele tipo de coisas. Quando a seringa sai de dentro de mim – mais uma vez, sem qualquer dor – ela coloca um penso no local da ferida. Esvazia o conteúdo do objecto metálico para dentro de uma pipeta, fechando-a, e colocando ambos os objectos em cima da mesa de cabeceira que está perto da minha cama; seguidamente, ela agarra num termómetro de vidro. O seu à-vontade a mexer naquelas coisas e na sua forma de proceder fazem aumentar o meu medo. Quando o termómetro é introduzido no meu rabo, mal consigo reagir, apenas soltando um longo suspiro – desde criança que não tinha um termómetro em tal sítio. Finalmente, a mulher vai buscar um catéter e uma bisnaga cheia de algo transparente. A mulher despeja o líquido numa das pontas do catéter e agarra naquela ponta. Não consigo conter um gritinho quando ela, com dois dedos, desvia os lábios da minha vagina, e grito novamente, desta feita mais alto, quando ela enfia o tubo dentro da minha uretra, atando a outra ponta a um saco.
- Muito bem, Vera, preciso que mijes um pouco. – ordena-me, com o seu tom de voz petulante.
- O que… como sabe o meu nome?
A enfermeira coloca as suas mãos nos quadris. Claramente, ela não gosta de ser desobedecida.
- Não me vou repetir. Não tenho tempo a perder; se não o quiseres fazer, tenho formas de te forçar… – ela pára, mas não é preciso mais palavras: acabo por obedecer-lhe, com medo do que aquela mulher me possa fazer.
Quando ela acha que o saco está cheio o suficiente, ela retira-o, substituindo-o por outro novo que ela prende à minha perna, e retira também o termómetro, sem grande complacência, colocando-o dentro dum saco de plástico. Carrega num botão que está perto da minha cama e, dentro de segundos, outra rapariga aparece, com um visual semelhante – se bem que ela veste de preto. Agarra na pipeta com o meu sangue, no saco com a minha urina e no termómetro e retira-se logo de seguida.
- Oiça, – grito, quando as portas se fecham novamente – quem é você e o que raio se passa aqui? Que significa tudo isto?!
A mulher olha para mim, desinteressadamente, e responde:
- Podes-me tratar por Enfermeira M.
- Mas… – começo, mas sou interrompida por gritos que provem do corredor, alguns masculinos, a maioria femininos; alguém toca nas portas duplas do meu quarto, entreabrindo-as, deixando ver enfermeiras a correr. Então, ouve-se um urro masculino e, em seguida, uma mulher furiosa a ordenar “Quero esse paciente numa camisa-de-forças JÁ!! E dêem-lhe uma camisa demasiado pequena para ele...” e, então, a Enfermeira M fecha a porta.
- Afinal o que se passa aqui?? Que sítio é este?! Diga-me, por favor!!! – imploro.
Ela aproxima-se de mim, os seus saltos a ressoarem contra o chão branco, e a sua resposta é apalpar-me os meus seios, fazendo-me soluçar enquanto as suas mãos enluvadas tocam nos meus mamilos, puxam os meus piercings, afagam a minha pele. Então, as suas mãos começam a viajar para baixo, tocando no piercing que tenho no umbigo, e páram no meu baixo torso. Os seus dedos percorrem os meus lábios, fazendo a minha respiração acelerar; é então que, sem qualquer aviso, o seu dedo médio entra na minha vagina, aparentemente para inspeccionar o meu “interior”.
- Muito bem. – a Enfermeira M murmura, tirando a sua mão de mim. Ela abre uma gaveta da mesa de cabeceira e retira de lá algo; só quando esse algo se aproxima da minha boca é que vejo ser um dildo preto, com marcas brancas na superfície.
- Abre. – ordena. Não obedeço, cerrando os meus lábios o mais que posso. Ela suspira, abanando a cabeça, e agarra no meu nariz, magoando-me e sufocando-me. Não tenho outra opção senão abrir a boca para respirar, e quando o faço, ela enfia aquele falo preto dentro da minha boca… estou quase a sufocar quando ela pára. A mulher larga o meu nariz e olha para as marcas, voltando a escrever algo na ficha.
Então, a Enfermeira M vai buscar um dildo similar, mas maior, da gaveta e, enquanto que, com dois dedos, ela desvia os meus lábios vaginais, a sua outra mão empurra o dildo para dentro da minha vagina, e empurra, empurra, empurra… até não poder mais. Mais uma vez, ela olha para as marcas daquilo e rascunha na ficha. E, quando ela se baixa para a gaveta novamente, solto um grito sufocado de terror, quando me apercebo do que ela vai fazer…
Quando aquele dildo penetra o meu rabo, grito como nunca o fiz na vida, quase cuspindo o que tenho na boca. A loira está a empurrá-lo bruscamente, sem qualquer grama de piedade pelo meu ânus virgem… ela está quase a rasgar-me ao meio com aquela coisa de plástico!
Quando, finalmente, aquilo pára, a Enfermeira M reposiciona o dildo na minha boca, empurrando-o novamente para dentro dela; depois, dá uns passos para trás, agarra numa máquina fotográfica e começa a tirar-me fotografias. Sinto-me tão exposta, tão violada, tão humilhada… só que, a cada click da máquina, estranhamente, começo a sentir-me algo “quente”. A minha mente começa a resvalar por caminhos mais indecentes, concentrando-me nos três dildos que tenho em mim, quase assumindo que são três pénis reais que me estão a penetrar… e, subitamente, o meu corpo é abalado por um orgasmo, intenso como eu já não tinha há meses! Enquanto me venho, soltando gritos abafados pelo dildo que me entope a boca, a Enfermeira M pára de me fotografar e olha para mim por alguns momentos.
- Interessante… – oiço-a murmurar, enquanto ela rascunha mais qualquer coisa na minha ficha.
Depois de tirar mais uma foto ou duas de mim, ela pousa a máquina e aproxima-se de mim. A sua mão enluvada agarra o dildo que tenho na boca, retirando-o bruscamente; seguidamente, faz o mesmo ao que tenho na minha rata, mas mais demoradamente. Quando chega a vez do anal, perpassa um sorriso pelos seus lábios, enquanto o começa a retirar, com uma lentidão agonizante. Ela está a provocar-me…
- Porque… porque está a fazer isto? – pergunto, com as palavras a sairem entrecortadas – Porque… porque estou… estou eu aqui?
A enfermeira parece sorrir quando a ponta do dildo abandona o meu recto, e em seguida ela exercita o meu esfíncter com um dedo, sentindo o quão apertada eu estou depois daquela invasão. Ela levanta-se e guarda os três falos na mesa de cabeceira, agarrando em mais qualquer coisa e dirige-se para detrás do biombo. Sei que ela se começou a despir porque o seu avental branco aparece por dima daquela barreira branca.
- Posso perguntar o que está a fazer? – questiono, sem esperança de uma resposta, ao ver o seu vestido curto aparecer ao lado do avental – Enfermeira M… o-o que me vai fazer?
Oiço os seus saltos novamente quando ela sai de trás do biombo, envergando apenas as luvas, um cinto de ligas (de fabrico similar ao resto do seu vestuário), meias e saltos… e com um strap-on grande e preto.
- Altura do teu test-drive. – diz.
Olho aterrorizada para aquela coisa que ela traz presa ao baixo ventre. É enorme! Maior que alguns pénis que eu já vi…
Porém…
- Test drive? – pergunto, quando ela se senta sobre o meu peito, o seu strap-on a apenas alguns centímetros da minha cara.
- Vera, abre.
Lentamente, vou entreabrindo a minha boca – demasiadamente lento para ela, que me agarra no queixo com a sua mão enluvada, forçando-a abrir-se totalmente, enquanto o seu pénis de plástico entra na minha boca.
- Agora, chupa.
Não quero… mas acabo por obedecer. Não consigo perceber porque aceito de tão boa vontade os comandos daquela dominatrix loira e envolta em borracha, mas o facto de me sentir tão vulnerável naquele sítio desconhecido me faz obedecer sem hesitar aos seus comandos… pelo menos é a única explicação racional que consigo arranjar; até que os meus pensamentos são interrompidos quando a Enfermeira M me esbofeteia.
- Concentra-te, cabra... não me desapontes, estavas a ir tão bem!
Continuo a chupar o seu strap-on, não querendo levar outra chapada, tentando agradar-lhe, fazer um bom serviço. Ponho a língua de fora e lambo o instrumento duma ponta à outra, os “testículos”, o “tronco”, a “cabeça”, lentamente, excitando-me sobremaneira – tenho de confessar – e beijando-o. A Enfermeira M move-se, colocando a sua vulva húmida à frente da minha cara.
- Não pares agora, Vera… já que tomaste a iniciativa, podes ir mais para a frente, e lamberes a minha rata… – ela suspira.
A minha língua continua a lamber, penetrando os seus lábios, saboreando-a, enquanto ela finge masturbar o seu dildo. Beijo e lambo sem parar, quero ver o que ela fará se lhe conseguir proporcionar um orgasmo… mas mesmo que quisesse, eu não conseguiria parar, ela está a saber tão bem! Oh meu Deus, não consigo parar de lhe lamber a rata!!
Sinto-a estremecer por cima de mim, gemer, e os meus lábios começam a ficar molhados, com os seus fluidos a escorrerem para a minha boca; e a minhafluidos não consegue parar, ela continua a saber maravilhosamente bem: nunca pensei que a vulva de uma mulher pudesse saber tão bem! A Enfermeira M tem de agarrar o meu cabelo e puxar a minha cabeça para trás para me fazer parar.
- Pára… – ela diz, lutando para respirar – Pára, Vera, pára… Meu Deus, tu lambes como uma profissional! Muito bem, estou bastante impressionada.
Ela levanta-se do meu peito, puxando novamente os meus mamilos furados, enquanto eu lhe pergunto:
- Estive bem, Enfermeira M?
- Superaste as minhas expectativas, isso é certo. – ela responde, deitando-se sobre o meu corpo nú, o seu strap-on a apenas uns centímetros dos meus lábios vaginais – Agora, é tempo de ver como tu fodes.
Quando sinto o dildo a entrar na minha rata, solto um grande grito. Ela é realmente muito grande… Ela agarra-me pela cintura enquanto eu movo o meu baixo torso, movendo-me sintonia com ela, sentindo-a penetrar-me cada vez mais fundo, excitando-a – e a mim também. Subitamente, tento beijá-la, mas o que tenho a prender-me o pescoço previne tal acção. A loira repara nisso e aproxima a sua face da minha, os nossos lábios separados por centímetros.
- Queres-me beijar, é, Vera? – pergunta, tentadoramente.
- Eu… aaahh!! – grito mais uma vez quando ela entra bem dentro de mim – Eu… sim, Enfermeira M… eu quero…
- Porquê? Não me conheces, estou a torturer-te, a comer-te a meu bel-prazer, até a violar-te… e tu queres-me beijar?
- Eu… eu não sei… apenas quero… eu… eu quero agradar-lhe…
- Porquê?
- N-não sei…
Não consigo continuar, mais uma vez sinto a necessidade de me vir. Ela apercebe-se disso também, agarrando o meu catéter e empurrando-o um pouco mais para dentro, fazendo-me largar um lamento… mas, para minha grande surpresa, isso acelera o meu orgasmo: no momento seguinte, estou a torcer-me toda e a gritar enquanto o strap-on me continua a penetrar, fazendo-me vir com ainda mais força…
Preciso de alguns cinco minutos para me conseguir acalmar, e só então a Enfermeira M retira o dildo de dentro de mim.
- É uma delícia foder-te, Vera… É realmente um prazer estar a avaliar-te, e olha que eu não digo isto a toda a gente que me passa pelas unhas.
- Enfermeira M… porque me está a avaliar?
A sua resposta é levantar dois suportes laterais para as pernas, soltar os meus tornozelos da cama e prender as minhas pernas a esses suportes, ficando eu de pernas abertas e de rabo para o ar. Em seguida, ela ajoelha em frente às minhas nádegas, encostando a cabeça do seu dildo ao meu ânus.
- Oh, não, por favor, não… – suplico.
- Oh, sim, Vera… precisas de ter os teus buracos verificados. Depois de eu ter verificado a profundidade de cada um, preciso de ver como se comportam eles durante a actividade.
- Por favor, não… eu nunca fiz sexo anal…
- Já reparei nisso. E, afinal de contas, tu precisas de praticar para o… – ela pára.
- Para o q…
Ela não me dá tempo de acabar: ela penetra-me analmente. Não tão violentamente como da outra vez, mas ainda assim, ela é algo bruta.
- Não, por favor, pare, não, não, não… – continuo a suplicar, mas parece que, quanto mais suplico, mais aumenta o vigor com que ela me come o rabo… mais uma vez, ela está a violar-me analmente sem piedade. Vejo na sua cara que ela está a adorar, que ela está a disfrutar da minha dor… e, aparentemente, também eu. A dor que sinto no meu rabo está a conduzir-me a novo orgasmo, rapidamente. Nunca imaginei que a dor me pudesse excitar desta maneira! Ou será por ter uma loira envolta em látex a comer-me o rabo? Seja lá pelo que for, a verdade é que estou quase a atingir o clímax, ainda mais depressa do que das outras vezes… e, dentro de pouco tempo, estou a gritar mais uma vez assim que atingo mais um orgasmo massivo, começando a escorrer fluidos para a cama. No entanto, a Enfermeira M não pára de me comer. Não sei o que ela está a fazer, o que procura ela, mas ela continua a penetrar o meu ânus apesar de eu me estar a vir… Meu Deus, não consigo parar de me vir! Acho que apenas quando ela retirar o seu dildo de dentro de mim eu vou conseguir relaxar… mas ela não parece querer fazê-lo!
- Vamos lá a ver quanto tempo consegues aguentar um orgasmo… a levar no cu. – o seu sorriso não tem nada de amigável.
Meu Deus, parece um pesadelo… ou será um sonho? Uma dominatrix loira a penetrar-me analmente, tentando extrair de mim o máximo de flúidos possível, comigo presa a uma cama, de rabo para o ar, num local desconhecido… Cristo, ela vai-me matar de prazer!
- Por favor!! Pare!! E-eu… eu não consigo mais!! Eu…
Ela deita-se por cima de mim, sempre a comer-me, e silencia-me com um beijo. Um beijo brutal, violento, com os seus dentes a morderem-me os lábios… mas eu quero acreditar que existe amor nos seus lábios. De qualquer forma, eu gosto. E ainda não há meio da minha rata parar de largar fluidos!
Depois de dez longuíssimos minutos a torturar o meu recto, misericordiosamente, ela pára. No entanto, antes de me proporcionar alívio, ela decide retirar o strap-on de mim o mais lentamente possível, tirando o máximo de prazer possível da minha expressão meio-de-dor-meio-de-prazer; só depois de sair totalmente de mim é que, finalmente, a minha vagina começa a acalmar-se.
- Tsc, tsc, olha a porcaria que tu fizeste na cama, Vera… – a Enfermeira M diz, enquanto escrevendo bastante na minha ficha.
- E… e agora? – perguntei, preocupada.
Ela sorri, dirigindo-se novamente para perto do biombo; no entanto, não se incomoda em se esconder, desta vez. Retira o dildo de plástico do baixo-ventre e volta a envergar a sua farda de enfermeira maquiavélica.
- Agora, esperas.
Dirigindo-se à minha cama, ela agarra na minha ficha médica e retira-se do quarto, deixando-me sozinha.
Espero pelo seu regresso, impacientemente. Afinal de contas, será agora que eu obterei respostas a respeito da minha situação? E… e será que, quando ela voltar, ela me voltará a comer novamente? Dou por mim a admitir que gostaria que a Enfermeira M não tivesse parado de me penetrar, que ainda estivesse a sentir os testículos de plástico do seu dildo a embaterem contra o meu ânus… o desejo de ser usada por ela sobrepôs-se às minhas interrogações, medos e dúvidas.
Casualmente, o meu olhar levanta-se em direcção ao tecto, e, sobressaltada, reparo numa câmera num dos cantos do quarto! Olho para os restantes cantos, e todos eles têem uma máquina similar… a minha “avaliação” foi totalmente filmada! Mas porquê??
Alguns momentos depois, a porta reabre-se, e a Enfermeira M reaparece. Parece satisfeita.
- Bem, Vera, muitos parabéns! Passaste.
- Nós estávamos a ser filmadas?! – pergunto, quase em pânico.
- Mas claro que sim! Não pensaste que eu era a única pessoa que te estava a avaliar, pois não?
- Mas, mas… para quê?
- Regras são regras, Vera. E quem nos viu é da mesma opinião que eu. Tu tens potencial.
- Tenho potencial? Para o quê? – inquiro, num fio de voz.
- Para seres treinada.
- Treinada? Treinada para o quê?
Ela aproximou-se de mim.
- Para seres uma escrava sexual. Se bem que, com o que presenciei hoje, tu não vais precisar de muito treino… – e piscou-me o olho.
Eu soluço.
- Escrava sexual?!
A enfermeira agarra-me no queixo, impedindo-me de continuar o meu protesto.
- Sim. Vimos-te ontem no bar, vimos o quão bonita és, como te comportavas, e decidimos capturar-te e testar-te. Os resultados testes revelam que tens uma grande aptidão para contactos sexuais. Tu tens o que é preciso para ser uma escrava.
Sinto-me corar. Eu, uma escrava? Pronta a ser abusada sexualmente por homens e mulheres? Não me consigo imaginar a fazer tal coisa.
- Tenho alguma opção? – não preciso de ouvir a resposta para não ter esperança no futuro.
Ela sorri.
- Podes sempre tentar fugir. No entanto, se fores esperta, não o tentarás. Os poucos que o tentaram fazer, não conseguiram ter êxito… e depois foram duramente castigados.
- Compreendo. – é estranho aceitar este meu novo destino de ânimo tão leve. Mas talvez a principal razão esteja mesmo à minha frente.
- A Enfermeira M ir-me-á treinar?
- Bom, não é habitual tal acontecer, visto as Enfermeiras não serem responsáveis pelo treino dos futuros escravos. No entanto, eu tenho privilégios especiais, por isso… – ela parece hesitar – posso sempre tentar.
- Obrigado, Enfermeira. – sorrio.
- Oh, não penses que o faço por ti, minha pêgazinha barata. – e, pela primeira vez, vejo-lhe um sorriso aberto nos lábios – É um hobbie absolutamente delicioso torturar putazinhas frágeis e choramingas como tu, dobrá-las, vê-las chorar, implorar, pedir de joelhos para que eu pare, e depois transformá-las naquilo que me apetecer. É quase… orgásmico. – e, para enfatizar o seu ponto, ela puxa demoradamente pelos piercings dos meus mamilos.
Depois da conversa, ela cobre o meu corpo desnudo com o lençol e com um cobertor, beija-me longamente e diz:
- Volto daqui por algm tempo para tratar dos detalhes da tua “admissão” no Hospital. Até lá, descansa, pois será a tua última oportunidade para isso… escrava.
Vira nos seus saltos altos e sai porta fora, deixando-me a esperar pelo seu regresso.

2 comentários:

  1. A explicação é tão real e detalhada, que consigo personificar a "vìtima"...

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  2. Necesito acudir a ese centro médico.

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